A placenta é o órgão que fornece os nutrientes, oxigénio e protege o seu bebé de substâncias nocivas e até mesmo de doenças. A placenta acreta pode, portanto, representar um risco para a gestante quando não é diagnosticada precocemente.
Placenta Acreta
Mas afinal, o que é a placenta acreta?
A placenta acreta é uma placenta que está firme ao útero de uma forma anormal. Contudo, apesar da sua incidência ter vindo a aumentar, de acordo com a MSD Manuals, esta foi uma condição que, em 2000, se verificou em três a cada mil gestações.
Ainda assim, é atualmente uma das principais causa de mortalidade materna.
Diagnóstico
O diagnóstico é normalmente realizado por ecografia (entre a 20ª e 24ª semana de gravidez). Outras vezes é por Ressonância Magnética.
Se não for identificado durante a gestação, o médico obstetra pode suspeitar de placenta acreta quando:
- A expulsão da placenta não acontecer até 30 minutos após o nascimento do bebé;
- O médico não consegue, de forma manual, separar a placenta do útero;
- As tentativas de remover a placenta resultam em sangramento abundante.
Fatores de Risco
- Idade materna superior a 35 anos;
- Multiparidade (o risco aumenta à medida que a paridade aumenta);
- Presença de Miomas submucosos;
- Cirurgia uterina prévia, incluindo parto por cesariana com placenta prévia ou miomectomia;
- Lesões endometriais, como a síndrome de Asherman (cicatrização anormal do revestimento uterino devido a uma infecção ou cirurgia).
Quais as consequências de uma gravidez com placenta acreta?
Após o parto, algumas partes da placenta podem ficar no útero, fazendo demorar a expulsão da mesma, aumentando, portanto, os riscos de hemorragia e infeção no útero.
Assim sendo, os profissionais de saúde normalmente optam por induzir o parto umas semanas antes da data provável do parto.
Tratamento da placenta acreta
Caso o profissional de saúde detetar placenta acreta antes do parto, este é agendado pelo mesmo e realizado até à 34ª semana de gravidez por cesariana, podendo ser depois realizada uma histerectomia (remoção do útero).
Dessa forma, evita-se uma perda de sangue exacerbada, que pode ser fatal para a mãe, especialmente quando a placenta permanece fixada após o parto.