A baixa imunidade na gravidez ajuda na “aquisição” e propagação de vírus, bactérias e fungos, em especial nas regiões perinasais (que incluem os seios frontais, situados por cima das sobrancelhas; os seios etmoidais, localizados no início da cana do nariz entre os olhos; e os seios maxilares, que, como o nome indica, se encontram sobrepostos ao maxilar, nas maçãs do rosto). A sinusite na gravidez é uma situação comum e frequente, saiba mais neste artigo.
Sinusite na gravidez: o que é?
De forma sucinta e simples, a sinute é uma inflamação das mucosas nasais que leva à acumulação de secreções, em especial na zona dos olhos e do nariz, que faz com que o olho lacrimeje e tenha o nariz a escorrer. É mais frequente no inverno, devido à acumulação com gripes e constipações, e primavera, com o reflorescer das árvores e flores que, por sua vez, libertam muito pólen para o ar, podendo este ser o maior causador de crises de sinusite na primavera.
Sintomas:
- Espirros;
- Corrimento nasal;
- Dor de cabeça;
- Febre;
- Tosse;
- Fadiga;
- Sensação de pressão na cabeça;
- Dores na face, com enfoque para as dores nas maçãs do rosto, que podem inciar inflamação dos seios maxilares e apresentar pólipos nasais.
É importante referir que nem sempre haverá a manifestação clínica de todos os sinais apresentados, uma vez que a sintomatologia pode variar de caso para caso.
Como tratar a sinusite na gravidez?
Na gravidez a mulher está muito mais exposta aos efeitos secundários dos tratamentos pois estes podem impedir o normal desenvolvimento do feto. No entanto, existem várias categorias (Categoria A, B, C, D e X) que definem o nível de interferência que os compostos químicos de determinado medicamento podem ter no bebé, definidas e publicadas pelo Infarmed.
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Pode ser possível tratar a sinusite na gravidez:
- Com nebulizações com vapor, duas a três vezes ao dia durante 15 a 20 minutos;
- Com uma correta higienização das fossas nasais com soro fisiológico;
- Com a ingestão de muito chá e água para aliviar a tosse e simultaneamente amolecer e “expulsar” as secreções.
No entanto, pode ainda ser necessário recorrer ao uso de fármacos, tais como antibióticos e corticoides. É, no entanto, muito importante ter em atenção que estas classes medicamentosas devem ser prescritas por um profissional de saúde especializado, de forma a que não interfiram no desenvolvimento do feto, da gestação e da gestante.
Esta informação é meramente indicativa não pretendendo, em qualquer momento, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Em caso de dúvida quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação do seu médico ou farmacêutico.