Ser mãe, o meu testemunho
Decidi partilhar convosco a minha experiência, ser mamã e pela 1ª vez, então resumidamente aqui vai a minha história.
Desde sempre fui uma adolescente liberal, aventureira e até um pouco rebelde, decidi fazer uma vida a dois com apenas 18 anos de idade e posso afirmar que não me arrependo, pois aprendi a ser responsável e a lutar pela vida ou seja tornei-me adulta, sem nunca deixar de me divertir ou de fazer coisas apropriadas à idade.
Sempre admirei as mulheres que decidiam ser mães muito novas, achava giro ver os filhotes crescidos ao lado das mamãs ainda super novinhas, mas definitivamente ser mãe ainda não estava nos meus planos, apesar de ter sido obrigada a crescer rapidamente, essa etapa ainda estava um pouco longe.
Aos 21 anos tive uma surpresa, após um descuido, e sim, já sei que hoje em dia não existem desculpas para este tipo de descuidos, pois existem dezenas de protecções, mas enfim aconteceu, mesmo tendo o cuidado de optar por um método de contracepção de emergência.
Assim que suspeitei da possível gravidez, fui de imediato fazer um teste na farmácia do qual o resultado foi positivo, a sensação foi assustadora, só consegui cair na realidade quando fui a uma clínica fazer um exame mais credível e resultado foi novamente positivo.
Senti-me um pouco perdida e só tive aquela sensação do “iupiii vou ser mãe”, quando fiz a 1ª ecografia e assim que ouvi aquele coraçãozinho a bater, nunca me irei esquecer das palavras da médica assim que iniciou a eco “Olá bebé”, desfiz-me em lágrimas e pensei para mim “estás mesmo aí”!!!
Daí para frente comecei a viver a minha gravidez, muito feliz, cada vez que aquela barriga crescia, cada ecografia que fazia, cada vez que ouvia aquele coraçãozinho bater e quando senti ele mexer pela primeira vez delirei, os soluços sentia-os na perfeição, achei que era loucura minha até que numa aula de preparação para o parto a enfermeira disse “ mamãs, já sentiram os soluços do bebé?” aí pensei, “bem … é mesmo”, adorei mês após mês.
À medida que se aproximava a data provável para o parto, só imaginava o dia em que ia rebentar a bolsa das águas, ou ia começar a sentir as contracções, ou até mesmo ter a sensação “é agora”, mas esse dia não chegou, pois conclui as 41 semanas sem o meu bebé querer nascer, então passamos à marcação de um dia para ele nascer, e assim, com tudo programado lá fui eu.
Iniciei o parto induzido a 26 de Fevereiro de 2011, e mal sabia o que me esperava, foram horas de medo e sacrifício, nem tudo correu pelo melhor, mas acabou em bem e no dia 27 de Fevereiro de 2011 por parto normal, às 13 horas, nasceu o meu bebé, era tão pequenino, tinha 49.5 cm e pesava 2.750 kg, era super sossegado parecia um anjinho, o pai assistiu ao parto e foi um grande apoio para mim em todos os momentos.
Passamos 11 dias internados, o meu bebé contraiu uma bactéria por estar demasiado tempo sem liquido amniótico e teve que fazer antibiótico, os dias passavam e não via a hora de regressar a casa.
Quando finalmente regressamos a casa, tudo mudou o ânimo era outro, quanto mais o meu bebé crescia e interagia comigo mais feliz me sentia e cada vez adorava mais o meu papel de mãe.
Quanto mais o tempo passava a experiência aumentava e fazia todas as tarefas de mãe como ninguém, e logo ele começou a sorrir, a palrar, a andar, a dizer várias palavras, a fazer as suas asneiras, foi maravilhoso.
Agora tem 1 ano e 9 meses, é o meu tesouro, tem o papel mais importante na minha vida, e ainda bem que me descuidei, pois já não saberia viver sem ele.
Sei que a minha vida mudou, as responsabilidades aumentaram, o tempo livre diminui e há coisas que nunca mais vão ser iguais, mas não trocaria estes momentos de mãe por nada, assim que o meu bebé nasceu senti logo que nasceu também uma mãe.
Helena Gomes, 24 anos
Mãe do Tiago de 1 ano e 9 meses