Os bebés crescem muito rápido e as roupas ficam engavetadas passado pouco tempo. Muitas vezes nem chegam a vestir todas as peças de roupa compradas ou oferecidas. Esse foi o ponto de partida que levou Daniela Catalão, Diana Santos e Janete Silva a criarem uma plataforma, a 100 etiqueta, na qual os pais podem doar roupa de grávida ou de bebé inutilizada (mas em bom estado) e trocar por outra do tamanho adequado à criança.
O objetivo das três amigas de 29 anos é proporcionar uma solução consciente, sustentável e baseada na economia circular para as famílias portuguesas.
Como explica Diana em declarações à NiT, o projeto 100 etiqueta, lançado em setembro deste ano, surgiu da experiência de maternidade de Daniela, que foi mãe há pouco mais de um ano: “Percebeu o que custava a nível financeiro e ambiental vestir o seu filho. As roupas deixam de servir muito rápido e fazem com que o consumo aumente em comparação com outras alturas da vida”.
Na plataforma pode juntar-se ao que as sócias afirmam ser um “movimento de economia circular”, recebendo um vale de desconto de 10€ por cada quilo de roupa de grávida ou de bebé doada, posteriormente dedutível na loja física da marca (que ainda não existe, mas que perspetivam abrir até ao final do ano). Estas roupas servirão para compor os kits de roupa de bebé que, quando deixarem de servir, deverão ser devolvidos e proceder à troca para outro conjunto do tamanho adequado na altura.
A roupa que não é utilizada é doada a instituições ou reutilizada para sacos, toalhitas ou outros objetos reutilizáveis. Portanto, nunca ficam sem uso.
“É o verdadeiro significado de economia circular e de aproveitamento de roupa, num período da vida dos bebés em que a maioria das compras é feita por impulso”, acrescentam as três amigas empreendedoras.
Para doar peças de roupa de grávida e de bebé (desde recém-nascido até aos 24 meses de idade), basta ir ao site da 100etiqueta, escolher a opção “deixar a tua roupa aqui” e escolher um parceiro para entregar e levantar os kits. As empresárias alertam para o facto de ser necessário contactar previamente o parceiro por forma a combinar a data da entrega ou levantamento, evitando desencontros.