Quase metade da população mundial sofre de má nutrição, responsável por graves problemas de saúde e para o planeta. 150 milhões de crianças registam atrasos no crescimento por essa mesma razão. São os dados divulgados pelo Relatório de Nutrição Global, GNR na sigla em inglês.
Os dados deste relatório provêm de organizações como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização das Nações Unidas (ONU).
A conclusão principal é que quase metade da população humana ou come muito, ou come muito pouco, mais um sinal do desfasamento entre hemisférios e grupos populacionais. Ao ritmo atual, o mundo não alcançará oito das nove metas de nutrição estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde para 2025.
Algumas delas, especificamente, dedicadas às crianças: reduzir o emagrecimento das mesmas, quando são demasiado magras para a sua altura, assim como a obesidade ou os atrasos no crescimento, quando são muito pequenas para a sua idade.
O relatório estima que quase 150 milhões de crianças com menos de cinco anos sofrem de atrasos de crescimento, mais de 45 milhões são magras demais e quase 40 milhões estão acima do peso.
De acordo com o relatório, as pessoas não estão a consumir as quantidades recomendadas de alimentos que promovem a saúde, como frutas e vegetais, sendo que os países mais pobres são os que apresentam o menor consumo destes alimentos.
Além de interromper os sistemas de alimentação e saúde, a pandemia de covid-19 empurrou mais 155 milhões de pessoas para a pobreza extrema, acrescenta.
Têm sido vários os alertas relacionados com os efeitos negativos das alterações climáticas na alimentação de povos em territórios menos desenvolvidos, assim como os efeitos devastadores da pandemia nestas mesmas zonas do globo.
25 de novembro 2021