O Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento) recebeu, até ao final de 2021, seis notificações de reação adversa à vacina pediátrica da Pfizer, contra a Covid-19. Quatro destes seis casos foram considerados graves. Estes números são apresentados considerando o universo de 95.797 crianças vacinadas até ao fim do ano em Portugal.
Dos quatro casos notificados como graves, registou-se uma criança de 10 anos com miocardite, da qual já recuperou. Estes dados, adiantados pelo Jornal de Notícias, referem que os casos de reação adversa registam sintomas como “incluem arrepios, dor no local de vacinação, mal-estar geral, pirexia e petéquias”.
A vacina pediátrica da Pfizer é composta por uma dose três vezes inferior à que é administrada aos adultos. A campanha de inoculação dos mais novos começou no fim-de-semana de 18 e 19 de dezembro e retomada ontem, 6 de janeiro. Prolonga-se até domingo, antes do recomeço das aulas do 2º periodo na segunda-feira, dia 10.
Segundo reporta o Jornal de Notícias, o caso de miocardite ocorreu numa criança de 10 anos, que entretanto já recuperou. Na faixa etária dos 12 aos 17 anos, cuja vacinação ocorreu há alguns meses, 97 casos foram notificados como graves, num universo de 1 milhão e 105 mil vacinados.
Foram registados 13 casos de miocardite ou periocardite, de gravidade considerada moderada e com evolução favorável. Mio e periocardite são doenças inflamatórias, normalmente associadas nas faixas etárias mais jovens, a infeções virais, não necessariamente causadas pela vacina.
Os dados revelam 0,06 reações adversas por 1000 vacinas administradas na faixa 5-11, sendo de 0,17 nos 12-17. Analisando o total de 19,6 milhões de vacinas administradas, há um caso por cada mil.
A Direção-Geral da Saúde anunciou ontem que uma criança que tenha um contacto com um caso positivo de Covid-19 na escola, não tem de ficar em isolamento. Terão de fazer um teste ao terceiro dia depois do contacto detetado.
7 de janeiro 2022