Um novo estudo norte-americano mostra que o contacto com um cão pode ajudar o risco de eczema em crianças. O apoio do animal de estimação baseia-se no reforço que o sistema imunitário das crianças recebe, quando em contacto próximo com o cão. Saiba mais.
Em Portugal, a doença de pele conhecida como eczema atinge cerca de 10% das crianças. Sendo esta uma questão de saúde comum a nível global, são várias as investigações científicas que se focam na mesma. Um dos mais recentes, levado a cabo por uma equipa da Henry Ford Health, em Detroit, Michigan, Estados Unidos da América, defende que o contacto próximo com um cão contribui para diminuir o risco de eczema em crianças.
Os investigadores, que publicaram as suas descobertas no Journal of Allergy and Clinical Immunology, defendem que a exposição a um animal de estimação, nomeadamente um cão, durante os primeiros meses de vida da criança, pode ajudar a desenvolver e fortalecer o sistema imunitário, evitando esta doença de pele.
O contacto com a grande variedade de bactérias presentes nos cães dão este importante contributo, ajudando a combater o eczema. Esta doença de pele é uma condição inflamatória que faz com que se fique com comichão, pele seca e rachada.
Participaram na investigação mulheres grávidas, cujos bebés nasceram entre setembro de 2003 e dezembro de 2007. Foram analisados os dados de quase 800 crianças, antes de cumprirem dois anos de idade e também antes dos dez. Este tipo de análise teve como objetivo perceber o efeito de ter um cão, em casa, durante a gravidez e no primeiro ano de vida.
Será durante o primeiro ano de vida que a doença tem mais espaço para se desenvolver, pelo que é o momento crítico para prevenir o eczema. A líder o estudo e alergologista Amy Eapen, defendeu que os dados “sugerem que a exposição pré-natal e no início da vida a um cão tem um efeito protetor significativo no desenvolvimento de eczema até os dois anos de idade”.
3 de janeiro 2023