O Instituto da Segurança Social (ISS) anunciou que vai aumentar a capacidade das creches em todo o país, para receber crianças refugiadas da Ucrânia. O anúncio foi feito por Catarina Marcelino, vice-presidente do ISS.
“Vai sair um despacho nos próximos dias para aumentar capacidade das creches. Muitas das pessoas [refugiadas] que chegam são mães com crianças e, quando são pequenas, têm de ir para creches. Por isso, vamos aumentar nossa capacidade em creche”, garantiu a responsável.
Catarina Marcelino esteve em Leiria para a assinatura de um protocolo entre o Instituto da Segurança Social e a AMITEI – Associação de Solidariedade Social de Marrazes. Ali afirmou aos jornalistas que já deram entrada mais de 26 mil pedidos de proteção temporária para ucranianos, sendo que Leiria é um dos distritos que regista mais pedidos.
“Além do acolhimento dos refugiados, quisemos garantir que as pessoas que chegassem tinham um teto, comida e alguém que as ajudasse. Desde o início que a Segurança Social e o ACM [Alto Comissariado para as Migrações] criaram uma mini rede no país, que garante, com estes espaços coletivos, a resposta para 500 pessoas que chegam e que não têm uma resposta de imediato”, referindo-se ao espaço onde se encontrava.
Os próximos passos incluem integrar as crianças nas creches, e jovens e adultos nas escolas e empresas. O objetivo é dar-lhes a autonomia que perderam com o rebentar do conflito. “A comunidade empresarial já ofereceu mais de 27 mil postos de trabalho”, informou Catarina Marcelino.
Os pedidos de proteção temporária de cidadãos ucranianos e estrangeiros a viverem na Ucrânia desde o início da invasão russa concedidos por Portugal subiram para 26.950, segundo dados revelados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), sendo que 9558 são de menores em busca de acolhimento e educação.
Desde o início do conflito, Portugal já acolheu pelo menos 65 menores ucranianos não-acompanhados.
5 de abril 2022