Todas as crianças e adolescentes até aos 16 anos de idade, com sintomas de hepatite aguda, precisam de supervisão médica com urgência. Esta nova orientação, foi divulgada pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
As manifestações clínicas sugestivas da chamada hepatite aguda, que tem afetado crianças por todo o mundo, consistem em dor abdominal, náuseas, vómitos, diarreia e icterícia, com mais de uma semana de evolução destes sintomas. Na maioria dos casos, também se registam febre e dificuldades respiratórias.
Em contexto hospitalar, depois da observação inicial, deve ser iniciada a investigação laboratorial com, entre outras análises, hemograma completo, estudo da coagulação, na área da bioquímica devem ser analisados indicadores como a glicemia, ureia, creatinina, ionograma, bilirrubina total e direta, assim como deve ser feita hemocultura, se apresentar febre.
Em Portugal, os 15 casos registados são de crianças entre os 4 meses e 16 anos de idade, que apresentaram sintomas de hepatite aguda entre novembro de 2021 e 31 de maio de 2022. O quadro clínico destas crianças tem evoluído favoravelmente.
Face à limitada informação que ainda se tem sobre a doença, a DGS recomenda que se reforcem medidas como a higiene das mãos, sobretudo para as crianças mais pequenas, estiqueta respiratória, ventilação dos espaços e limpeza frequente de espaços na presença de casos de gastroentrite aguda ou infeção respiratória.
Nas unidades de saúde são também recomendadas medidas de precaução de contacto em relação a casos suspeitos. Para promover a identificação de casos suspeitos e garantir a investigação, a DGS definiu como casos prováveis os que se refiram a crianças com 16 ou menos anos de idade, com sintomas suscetíveis de serem hepatite aguda, que não se confirme como hepatite A e E.
Serão também identificados como casos prováveis, os que tiverem ligação epidemiológica a pessoa de qualquer idade com hepatite aguda que seja contacto próximo de um caso considerado provável, desde 1 de outubro de 2021.
8 de junho 2022