O movimento católico Focolares está a promover uma iniciativa com o nome “KidsAction4Peace”, que envolve crianças entre os seis e os doze anos. No âmbito do projeto, crianças de vários países, incluindo Portugal, estão a escrever cartas a governantes e autoridades, a apelar ao fim da guerra na Ucrânia.
Em declarações à Rádio Renascença, Michela Vaz Patto, uma das responsáveis pela dinamização do movimento em Portugal, referiu que este “é um gesto de cidadania muito importante”. Crianças de Portugal, Itália e Bélgica, ligadas ao movimento dos Focolares, têm o desejo de ajudar os “amigos ucranianos” que estão neste momento no meio de uma guerra que dura há quase 11 meses.
“As crianças sentiram que não faz sentido continuar esta guerra e toda esta destruição, e lembraram-se de criar esta iniciativa, com os amigos, colegas e primos, de fazerem chegar aos vários primeiros-ministros um gesto, que pode ser um desenho ou uma poesia, por carta, num sinal de que é necessário mudar alguma coisa”, sublinha Michela Vaz Patto.
As crianças estão a escrever muitas cartas aos governantes portugueses, com palavras de apelo à paz e desenhos. Refere Michela, ainda à Rádio Renascença que há quem envie “desenhos muito negros, mas com uma luz ao fundo, em que se vê uma esperança e muitos corações! Mas, sobretudo as frases que escreveram, ‘nós precisamos da paz’… É engraçado dizerem isto, que estamos num país onde não há guerra. Há uma consciência da realidade”.
A “KidsAction4Peace” envolve crianças e jovens em idade escolar, entre os seis e doze anos, e tem vindo a crescer. Além das cartas, outra parte deste desafio é que cada criança convide pelo menos mais cinco amigos a fazer o mesmo.
O ideal é que as cartas sejam enviadas até 30 de janeiro, a tempo do próximo Conselho Europeu marcado de 9 e 10 de fevereiro, e que vai reunir os chefes de estado e de governo da União Europeia. Este vídeo explica o que é necessário fazer.
Dia 30 de janeiro é o Dia Escolar da Não Violência e da Paz, sendo que a iniciativa se torna numa excelente forma de o assinalar. No caso de Portugal, as cartas deverão ser dirigidas ao primeiro-ministro, António Costa (Presidência do Conselho de Ministros, R. Prof. Gomes Teixeira 2, 1350-249 Lisboa). Contudo, cada criança pode também escrever aos governantes de outros países além do seu.
21 de janeiro 2023