Um estudo da Ofcom, gabinete regulador da comunicação no Reino Unido, concluiu que uma em cada três crianças, com idades entre os 8 e 17 anos, mentem acerca da sua idade nas redes sociais. Os menores fazem-se passar por maiores de 18 anos.
A Ofcom apela ao aumento do uso das erramentas de verificação de idades, alocadas nas plataformas da internet, de forma a que se consiga proteger os menores de conteúdo impróprio e prejudicial. Em investigação estiveram menores com conta nas redes Instagram, Twitter e Facebook.
De acordo com os dados recolhidos, 77% dos menores inquiridos possui pelo menos um perfil numa destas três redes sociais. 60% dos inquiridos tem idade inferior a 12 anos, apesar destas plataformas terem como restrição a idade mínima de 13 anos para a sua respetiva utilização.
O estudo concluiu também que cerca de 47% das crianças inquiridas, que recordamos, têm idades compreendidas entre os 8 e 17 anos, mentiram e disseram ter 16 ou mais anos, e 23% referiu, durante a inscrição nas redes sociais ter mais de 18 anos, ou seja, ser maior de idade. Este comportamento vai acabar por sujeitá-los à exposição a conteúdo adulto, de caráter sexual ou violento.
O objetivo desta investigação é trazer de volta à discussão no parlamento britânico, o tema da lei de segurança online. A lei em causa, estipula que as plataformas devem proteger os utilizadores, sobretudo os menores, de conteúdo ilegal, perigoso e adulto, multando quem o tenta aceder ou impedindo o acesso a sites e plataformas que infrinjam as regras estipuladas.
Neste grupo incluem-se sites pornográficos, por exemplo, que deverão usar métodos de verificação de idades de forma a impedir o acesso de menores ao conteúdo explícito.
19 de outubro 2022