Durante o ano letivo de 2022/2023, a Guarda Nacional Republicana (GNR) registou 140 crimes de bullying e cyberbullying, praticados em contexto escolar. Para promover o combate à violência na escola e entre alunos, a GNR desenvolveu, também durante o ano letivo passado, 1285 iniciativas de sensibilização.
Em comunicado, a GNR refere que as ações de sensibilização foram direcionadas a 52.652 crianças, jovens e adultos, maioritariamente em contexto escolar. Os resultados (provisórios) foram apresentados na passada sexta-feira, Dia Mundial de Combate ao Bullying.
Crimes envolvendo bullying e cyberbullying (sendo esta última modalidade, muitas vezes, pouco detetada já que as vítimas escondem o que se passa) não deixam de ser frequentes. Com estas ações, a GNR “pretende alertar e sensibilizar a população em geral e, em particular, as crianças e jovens”, recordando que muitas vezes os adultos não têm sequer conhecimento do que se está a passar.
Considera-se como bullying um conjunto de atos de violência física ou psicológica, intencionais e reiterados, praticados por uma ou mais pessoas no contexto de uma relação desigual de poder, causando dor e angústia nas vítimas. Associado às redes sociais, o problema tem assumido novos contornos, dando origem à vertente virtual do cyberbullying.
Aos pais e encarregados de educação pede-se que estejam atentos aos sinais de alerta, que podem ser silenciosos. Alterações de humor, abatimento físico ou psicológico, sinais de impaciência ou ansiedade, queixas físicas permanentes como dores de cabeça e de estômago, perturbações no sono e nódoas negras e irritabilidade extrema são os mais comuns.
A GNR destaca ainda que embora o bullying não esteja “tipificado na legislação penal como crime, o mesmo está associado a vários crimes, tais como crimes de ofensas à integridade física, injúrias, ameaça e coação”.
23 de outubro 2023