O número de crianças e jovens portugueses que apresentam dependência de jogos online tem vindo a aumentar, segundo avança o Diário de Notícias, através da análise do último relatório elaborado para o Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD).
O relatório aponta para que seis em cada dez crianças e adolescentes utilizam jogos eletrónicos durante a semana, em dias de aulas. Sete em cada dez jogam em dias em que não têm aulas.
Segundo o Diário de Notícias, que cita o documento publicado pelo SICAD, “os videojogos têm vindo cada vez mais a ganhar terreno ao longo dos anos como atividade de lazer, seja online ou offline, mas especialmente online, desde que estão disponíveis as plataformas que permitem jogar com pessoas do mundo inteiro em simultâneo”.
Diversão é a principal razão para os jovens portugueses passarem tempo na internet. As atividades de diversão incluem, além da dependência dos jogos, frequentar as redes sociais, falar em chats, ou ouvir música.
“Conversar com os amigos online é uma atividade bastante mais comum entre os 13 e os 17 anos do que entre os 9 e os 12 anos e ligeiramente mais comum nas raparigas, quando considerado o grupo etário mais avançado. Entre os 9 e os 17 anos as atividades realizadas mais frequentemente (uso diário) na Internet são ouvir música (80%), ver vídeos (78%), comunicar com familiares e amigos (75%), ir a uma rede social (73%)”, refere o relatório divulgado pelo SICAD.
Os problemas ligados ao uso excessivo e/ou incorreto da Internet já existem há bastante tempo. A pandemia e o silêncio do confinamento terão contribuído para que a sociedade os ouvisse.
Segundo a reportagem do Diário de Notícias, são vários os estudos que indicam que as crianças atingem a idade adulta a reportar problemas relacionados com o uso da Internet. Os pedopsiquiatras alertam para a atenção exigida por estas questões e sinais a que os pais devem saber identificar.
15 de fevereiro 2022