A dose mais pequena da vacina da Moderna é o suficiente para crianças entre os seis meses e os seis anos de idade, anunciou a farmacêutica esta semana. Estes “resultados provisórios positivos” vão levar a Moderna a apresentar, durante as próximas semanas, um pedido de autorização de administração da vacina em crianças aos reguladores europeu e norte-americano.
A farmacêutica anunciou, via comunicado, que as crianças que receberam um quarto da dose administrada nos adultos (25 microgramas) desenvolveram uma boa resposta a nível de anticorpos, capazes de neutralizar a Covid-19, com um “perfil de segurança favorável”.
Os pedidos de administração das vacinas vão ser apresentados brevemente à Agência Europeia do Medicamento (EMA) e à FDA, o regulador norte-americano. Os resultados apresentados referem-se ao estudo KidCOVE, que administrou a dose mais pequena da vacina da Moderna a cerca de 6700 participantes, entre os 6 meses e os 6 anos de idade.
Foram administradas duas doses da vacina às crianças participantes, com 28 dias de intervalo entre as doses. Todas as crianças apresentaram um “perfil de tolerância foi geralmente consistente com o observado nas crianças dos seis aos 12, nos adolescentes dos 12 aos 17 e nos adultos”.
As crianças até aos cinco anos de idade são o único grupo que ainda não está elegível para a vacinação contra a Covid-19, pelo que, se e quando os reguladores aprovarem a administração das vacinas a esta faixa etária, este será o primeiro passo para uma população coberta pelo esquema vacinal contra a doença provocada pelo vírus SARS-CoV-2.
“Estamos comprometidos em ajudar a acabar com a pandemia de Covid-19 com uma vacina para as crianças de todas as idades”, pode ler-se no comunicado da farmacêutica.
A EMA autorizou a administração de vacinas contra a Covid-19 da Moderna, em crianças entre os 6 e os 11 anos. Esta vacina também recomendada pelo regulador europeu a dose de reforço da vacina da Pfizer/BioNTech para as crianças com mais de 12 anos.
25 de março 2022