A Agência Europeia do Medicamento (EMA) confirmou o que já era esperado: a aprovação da toma da vacina da Pfizer para crianças entre os 5 e os 11 anos. Portugal vai receber o primeiro lote de 300 mil vacinas pediátricas a 20 de dezembro.
A decisão do regulador europeu recomenda a vacina da farmacêutica norte-americana Pfizer, tal como fez para os adolescentes a partir dos 12 anos, numa dose mais baixa da que foi dada aos adultos. Depois de alguma expetativa, o anúncio foi feito ontem de manhã.
A dosagem de cada vacina é um terço da administrada aos adultos e aos jovens com 12 ou mais anos. Tal como nas restantes idades, as crianças deverão tomar duas doses para se obter melhores resultados face à doença, indicou o regulador europeu.
A EMA referiu em comunicado que a vacina da Pfizer (chamada oficialmente de Cominarty) tem uma eficácia “i calculada em quase duas mil crianças dos 5 aos 11 anos de idade que não apresentavam sinais de infeção anterior. Essas crianças receberam a vacina ou um placebo (injeção simulada). Das 1305 crianças que receberam a vacina, três desenvolveram Covid-19 em comparação com 16 das 663 crianças que receberam placebo”.
Os efeitos secundários mais frequentes, verificados no ensaio, foram semelhantes aos registados nos testes para adolescentes: dor no local da injeção, cansaço, dor de cabeça, vermelhidão e inchaço no local da injeção, dores musculares e calafrios.
O regulador europeu garantiu que a segurança e a eficácia da vacina continuará a ser monitorizada. A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou esta semana ser fortemente a favor da vacinação infantil, que apesar de tudo ainda divide pais e pediatras.
Ontem também foram anunciadas novas medidas de combate à pandemia, nomeadamente uma semana de contenção. A seguir às celebrações de Ano Novo, o regresso às aulas só vai ser feito a 10 de janeiro, de maneira a controlar possíveis infeções que surjam de contactos de Natal.
26 de novembro 2021