Nos Estados Unidos está a ser registada uma nova tendência no diagnóstico do autismo. Existem mais casos entre crianças negras e hispânicas do que em crianças caucasianas. Os dados são do CDC (em inglês, Centers for Disease Control and Prevention). Em 2020, uma em cada 36 crianças norte-americanas com oito anos de idade, era diagnosticada com autismo.
Em 2018, esta proporção era representada por uma em cada 44. Apesar da diminuição da proporção, a taxa aumentou mais rapidamente em crianças negras e hispânicas, do que anteriormente. A estimativa da CDC sugere que cerca de 3% das crianças negras, hispânicas e asiáticas ou com origem nas ilhas do Pacífico têm diagnóstico de autismo, comparado com cerca de 2% nas crianças de raça caucasiana.
Os dados revelam uma inversão da tendência registada no passado, quando o autismo era mais diagnosticado em crianças caucasianas, de famílias de classe média ou alta, que tinham os meios para procurar especialistas na síndrome.
Os especialistas consideram que esta mudança se deve à melhoria dos serviços de triagem e autismo para as crianças e ao aumento da consciencialização e defesa das famílias negras e hispânicas. Contudo, contiua por se perceber de as crianças negras e hispâncias com diagnóstico de autismo recebem a mesma ajuda que as caucasianas. Um estudo com cerca de 4 anos realizado na comunidade escolar, revelou que crianças negras e hispânicas tiveram menos acesso a serviços relacionados com o autismo do que as crianças brancas.
Para estimar a percentagem de autismo no país, o CDC verifica os registos escolares e de saúde em 11 dos 50 estados dos EUA e concentra-se nas crianças com oito anos, já que a maioria dos casos é diagnosticada nessa idade. Crianças negras com autismo têm sido historicamente diagnosticadas mais tarde do que os seus colegas brancos.
28 de março 2023