Em Granada, Espanha, uma grávida com menos de 30 anos morreu infetada com Covid-19. O Hospital Materno daquela cidade alerta para maio incidência de infeção em grávidas do que na primeira vaga da pandemia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já considerou as grávidas como um grupo de alto risco, sendo que alguns especialistas dizem mesmo que as futuras mães têm três vezes mais probabilidade de necessitar de ventilação, se contraírem Covid-19.
É importante notar que médicos de hospital de Granada afirmam que a gravidez não é um fator de risco quando se trata de contrair a Covid-19, mas é muito importante que as grávidas não sejam contagiadas.
“É muito incomum que a covid-19 se complique entre os jovens, mas ninguém está livre disso. E embora a gravidez não seja um fator de risco para a sua evolução, deve ser um motivo para ter o máximo cuidado com os seus contactos”, disse Jorge Fernández Parra, médico daquele hospital espanhol.
De acordo com o jornal espanhol El Mundo, a gravidez aumenta a probabilidade de formas mais graves de infeções respiratórias virais, como a gripe sazonal de todos os anos.
Segundo o mesmo periódico, um dos motivos para isto se verificar é o sistema imunológico, que apesar de ser orientado a não rejeitar o feto como se fosse um corpo estranho, está ao mesmo tempo totalmente ativo e pode causar as complicações inflamatórias descritas nesta infeção.
Outros alvos do novo coronavírus são os pulmões e sistema cardiovascular, naturalmente afetados pela gravidez, tendo que se reajustar com o crescimento do útero e a necessidade crescente de oxigénio do feto.
Também as alterações que ocorrem na gravidez na coagulação do sangue, é um fator de risco. Essa mudança na gravidez, que pode ser considerada “defensiva”, no caso de infeção por esse vírus pode tornar-se uma complicação séria.
10 de dezembro 2020