Graças à pandemia de Covid-19, o número de jovens e crianças a entrar no sistema de acolhimento aumentou. Os números recolhidos pelo Sistema Nacional de Intervenção Precoce (SNIPI) mostra que esta realidade se verifica sobretudo na região da Grande Lisboa.
O último relatório do estado de emergência aponta para o aumento do número de jovens e de crianças até aos 6 anos, no sistema de acolhimento.
O relatório, que se refere a dados recolhidos durante o estado de emergência entre 31 de janeiro e 14 de fevereiro, tem um capítulo dedicado às respostas dadas durante este período no âmbito da intervenção precoce na infância. O número de sinalizações ao Sistema Nacional de Intervenção Precoce “aumentou face ao ano anterior, especialmente na região da grande Lisboa, aspecto que tem colocado este sistema em maior esforço”.
O SNIPI integra um conjunto organizado de serviços da responsabilidade dos Ministérios da Saúde, do Trabalho e da Segurança Social e da Educação dirigido a crianças até aos 6 anos e às respectivas famílias que tem como missão garantir a intervenção precoce na infância através de medidas de apoio da área social, da educação e da saúde.
A crescente entrada de crianças no sistema de acolhimento durante este período de pandemia fez também aumentar o número de crianças alvo de monitorização pela entidade.
As equipas locais de intervenção do SNIPI receberam orientações de intervenção em contexto de estado de emergência para procurar “assegurar, sempre que necessário, que as situações mais problemáticas tivessem o adequado acompanhamento presencial por estes profissionais”.
O relatório apresentado na semana passada indica que foram disponibilizados recursos de apoio aos pais das crianças acompanhadas em contexto de intervenção precoce na infância, na página da Segurança Social. O documento indica também que foi mantida a monitorização da situação das crianças e jovens em acolhimento, do funcionamento e da organização das casas onde estão acolhidos.
Foi reportado também que as equipas distritais que acompanham os casos sinalizados e as casas de acolhimento tiveram dificuldades a nível dos recursos humanos, mencionando o cansaço e desgaste das equipas e dificuldades em separar crianças e jovens infectados e não infectados, nos edifícios.
16 de março 2021