Um programa de preservação de fertilidade permitiu que trinta e sete mulheres fossem mães depois de terem vencido a batalha contra o cancro. A maternidade após o cancro é possível, sendo que o IVI é um dos principais responsáveis por isso.
O IVI, instituição especializada integralmente em reprodução humana e métodos de reprodução assistida, criou esta programa já em 2007. Desde então já nasceram os trinta e sete bebés, filhos de mulheres que venceram o cancro. Estão mais onze a caminho.
O programa via permitir que muitos mais bebés “milagre” nasçam, porque ao abrigo do mesmo, cerca de mil e quatrocentas mulheres preservaram os seus ovócitos, antes de iniciarem tratamentos de quimioterapia e radioterapia.
O programa de preservação de fertilidade do IVI tem um balanço extremamente positivo. Catarina Godinho ginecologista do IVI Lisboa e especialista em medicina de reprodução diz que estes bebés são exemplos de esperança e coragem.
Os tratamentos de quimioterapia e radioterapia aceleram a diminuição natural do número de folículos do tecido ovárico, que já tem tendência a diminuir com a idade. Quando o cancro atinge mulheres em idade fértil pode comprometer o sonho da maternidade.
O cancro continua a ser uma das principais causas de morte em todo o mundo, sendo que o cancro de mama é o mais frequente na população feminina. A taxa de sobrevivência deste tipo de tumor tem vindo a aumentar ano após ano, graças aos tratamentos e avanços disponíveis e cada vez mais desenvolvidos.
Catarina Godinho explica que no atual contexto, “a hipótese de sobrevivência de doentes com diagnóstico de cancro de mama são atualmente muito maiores do que há vinte anos. Diagnosticado precocemente, tem um bom prognóstico numa grande percentagem de casos, portanto, aquelas mulheres em idade fértil que enfrentam esta batalha merecem a oportunidade de preservarem o seu potencial reprodutivo”.
A esperança que pacientes com cancro têm de ser mães não tem de desvanescer, graças aos mais recentes desenvolvimentos na medicina e a instituições como o IVI e outras, especialistas em saúde reprodutiva.
20 de outubro 2020