Um grupo de investigadores norte-americano está a desenvolver um novo exame ao sangue, que permite encontrar de forma precoce, os identificadores que estão relacionados com o aumento da tensão arterial na gravidez e risco de pré-eclâmpsia.
Os principais sintomas desta condição de risco, surgem, a partir do terceiro trimestra de gestação, podendo provocar falhas nos funcionamentos de órgãos, ataques cardíacos, ou levar ao nascimento prematuro da criança. A pré-ecl|ampsia atinge uma em cada 20 grávidas, em média.
Este novo exame ao sangue ainda está em fase experimental, mas os cientistas consideram que poderá a ser uma grande mais-valia no diagnóstico precoce da pré-eclâmpsia. A investigação está a ser financiada pela empresa norte-americana Mirvie, e analisa mensagens químicas presentes no sangue da grávida, no feto e na placenta.
O objetivo é encontrar indicadores que ajudem a prevenir. odesenvolvimento da pré-eclâmpsia, entre as 16 e 18 semanas de gestação, antes que surja qualquer sintoma. A Associated Press (AP) avança que, segundo os dados científicos divulgados no artigo científico acerca do estudo, 75% das mulheres onde foram identificados indicadores desenvolveram pre-eclâmpsia.
Atualmente, o diagnóstico desta condição é feito através da identificação de proteína na urina e medição da pressão arterial, os principais sintomas da doença. Normalmente a deteção já é feita tarde demais para evitar consequências, pelo que a deteção precoce graças a este exame ao sangue é um avanço bastante positivo.
Desta forma, os médicos poderão ajustar tratamentos, de forma a prevenir o aumento da pressão arterial. Esta investigação analisou as cadeias de RNA em 2539 amostras de sangue de 1840 mulheres oriundas dos EUA, Europa e África. Depois do RNA ser identificado, é analisado informaticamente, de forma a identificar padrões e reconhecer indicadores que possam estar a associados a várias doenças.
11 de janeiro 2021