A Organização das Nações Unidas (ONU), em conjunto de vários parceiros criou este fim-de-semana um fundo financeiro de apoio à educação de crianças vulneráveis. O Mecanismo Financeiro Internacional para a Educação é um projeto que começou a ser desenvolvido nos últimos anos.
O fundo conta, nesta fase inicial, com 2 mil milhões de dólares, sendo que pode alcançar os 10 mil milhões até 2030. A atual taxa de câmbio faz com que a dotação em dólares seja semelhante, em euros.
O Mecanismo Financeiro Internacional para a Educação vai ser utilizado pela ONU para responder à atual crise da educação, marcada pelas desigualdades crescentes. O fundo financeiro ajudará a combater os problemas exacerbados pelo pandemia de Covid-19, alterações climáticas e conflitos bélicos.
O projeto da ONU para o fundo financeiro, promovido pelos Países Baixos, Suécia e Reino Unido, utiliza uma combinação de subvenções de doadores e garantias estatais para gerar financiamento, que será depois utilizado em projetos relacionados com a educação. O mecanismo multiplicará por sete vezes cada dólar investido, em comparação com a ajuda tradicional.
Apesar de já ter sido anunciado no sábado, o novo fundo será oficialmnente lançado na Cimeira para a Transformação da Educação, convocada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para esta segunda-feira.
A ONU organizou discussões sobre a questão, primeiro com representantes da juventude, e também com o setor privado e organizações de diferentes áreas, potenciais parceiros da iniciativa. Gordon Brown, antigo primeiro-ministro britânico, é o enviado da ONU para a Educação Global.
No ano passado, um relatório ONU baseado em números recolhidos desde 2015, concluiu que, em todo o mundo, mais de 393 milhões de crianças chegam aos 10 anos de idade sem saber ler.
O relatório é fruto de uma ferramenta multimédia desenvolvida desde que a ONU aprovou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A ferramenta, chamada Lost Potential Tracker, é resultado de um projeto conjunto entre a organização não governamental Save the Children, a organização ONE Campaign e a Global Alliance for Education.
19 de setembro 2022