A Ordem dos Psicólogos emitiu um conjunto de recomendações para ajudar pais e educadores a explicar a guerra às crianças, devido ao conflito que está a acontecer na Ucrânia. A Ordem aconselha a que se deixem de parte estereótipos e que se evite falar em “bons” e “maus”.
O documento com as recomendações para explicar a guerra às crianças foi publicado no site da Ordem dos Psicólogos, que recomenda que pais e educadores assegurem às crianças e jovens que eles estão seguros, protegidos e que podem ajudar a fazer a diferença.
É importante também evitar que crianças mais novas “sejam expostas a imagens e a informação que pode perturbar” e que pais e educadores devem assistir ás notícias com as crianças mais velhas. É fundamental passar uma mensagem de esperança e mostrar que são várias as pessoas e movimentos que estão a ajudar as vítimas.
A Ordem dos Psicólogos explica que “a guerra pode afetar profundamente crianças e jovens” mesmo ocorrendo a milhares de quilómetros de distância. Torna-se importante falar com elas, sobretudo com as mais velhas que possuem um entendimento maior do que se passa.
Perceber o que a criança ou jovem sabe sobre o conflito em curso é outras das recomendações dos profissionais, já que “mais importante do que explicar ou fornecer informações sobre a guerra, é ouvir o que queiram espontaneamente comentar ou questionar”.
É aconselhável e fundamental validar sentimentos manifestados, sem julgamentos, adequando a linguagem e informação, à idade. As crianças mais novas têm tendência a interpretar as coisas que veem de uma forma menos lógica, o que se traduz em receio de isso estar a acontecer na escola ou em casa.
É também necessário estar atento a sinais, como alterações no comportamento, apetite e sono, procurando ajuda profissional, se necessário e pertinente.
2 de março 2022