A farmacêutica Pfizer anunciou que a sua vacina é segura para crianças entre os 5 e os 11 anos. A notícia foi revelada depois de serem conhecidos os resultados da segunda e terceira fases de ensaios clínicos desta vacina.
A gigante farmacêutica revelou em comunicado que o estudo contou com mais de dois mil participantes e que ficou comprovado um “perfil de segurança favorável e respostas robustas de anticorpos neutralizantes em crianças dos 5 aos 11 anos de idade, utilizando um regime de duas doses administradas com 21 dias de intervalo”.
A Pfizer testou nas crianças uma dose mais fraca do que a quantidade normalmente administrada, cerca de um terço. Após a segunda dose ser dada às crianças entre os 5 e os 11 anos, estas desenvolveram níveis de anticorpos ao novo coronavírus, tão fortes como aconteceu com adolescentes e jovens adultos.
Bill Gruber, vice-presidente da multinacional norte-americana, disse à Associated Press que o ponto ideal no que diz respeito à dosagem foi atingido. A dosagem infantil também oferece segurança, tendo-se registado efeitos secundários semelhantes aos dos adolescentes, como dor no braço, febre ou cansaço.
A Pfizer vai agora submeter o pedido de utilização de emergência da vacina para este grupo etário à Food and Drug Administration (FDA), o regulador norte-americano. De seguida, serão feitos os pedidos juntos dos reguladores europeu (Agência Europeia do Medicamento) e britânica.
A FDA já prometeu avaliar os dados dos ensaios clínicos da Pfizer em poucas semanas, para decidir se as injeções são seguras e suficientemente eficazes para administrar às crianças mais novas. A grande maioria dos países ocidentais estavam à espera dos resultados para decidir avançar com a vacinação infantil.
Durante as últimas semanas, em Cuba e na China, foi autorizada a vacinação de crianças com 2 anos e menores, com as suas respetivas vacinas. Nos Estados Unidos, a variante Delta levou a um aumento dramático dos casos de Covid-19 em crianças. Pelo menos 460 crianças norte-americanas já faleceram graças à infeção.
20 de setembro 2021