Vários especialistas de saúde pública têm vindo a sublinhar, nos últimos tempos, o acesso aos cuidados de saúde gerais e mais básicos, para o controlo de doenças em tempo de Covid-19. O novo Plano Nacional de Vacinação entra em vigor a 1 de outubro.
Durante as suas cinco décadas de existência, o Plano Nacional de Vacinação (PNV) já permitiu erradicar uma doença (varíola), eliminar cinco (poliomielite, difteria, sarampo, rubéola e tétano neonatal) e controlar sete.
A vacinação é , assim, uma das ferramentas fundamentais na prevenção, controlo e erradicação de problemas de saúde públicos, hipoteticamente graves.
Neste momento, o mundo encontra-se em suspenso, enquanto se aguarda a chegada da vacina contra o novo coronavirus, que será capaz de controlar e possivelmente eliminar a Covid-19.
Enquanto a arma de combate não chega, é preciso garantir que a população tem acesso aos cuidados de saúde para o diagnóstico e referenciação, mas sobretudo que é dada continuidade ao Plano Nacional de Vacinação.
O cumprimento do PNV é essencial no sentido de prevenir complicações na saúde, assim como evitar que os hospitais portugueses se encontrem altamente condicionados, sobretudo durante a época da gripe sazonal.
O que inclui o Programa Nacional de Vacinação a partir de 1 de outubro
- Vacina meningocócica B (MEN B) para todas as crianças, no primeiro ano de vida;
- Vacina HPV para todos os rapazes, aos dez anos;
- Vacina contra o Rotavírus (vacina ROTA) para grupos de risco.
As outras vacinas que integram o Plano Nacional de Vacinação vão continuar a ser administradas no mesmo esquema. Atualmente, são doze, o número de doenças abrangido pelo PNV.
As entidades estão a reforçar a importância da vacinação, que assim como o número de consultas presenciais e cirurgias, também sofreu uma quebra, durante os últimos meses.
De acordo com os últimos dados divulgados pelo Portal do Serviço Nacional de Saúde, durante o mês de maio foram administradas cerca de 300 mil vacinas. Este número representa uma diferença decrescente de 40% quando comparado com números do mesmo periodo de 2019.
A importância do acesso aos cuidados de saúde primários, aliada ao estrito cumprimento do Plano Nacional de Vacinação, assume um papel relevante na prevenção numa altura em que imunização passou a ser o principal objetivo.