Max Pemberton, psiquiatra do serviço nacional de saúde britânico, vulgo NHS, tem vindo a defender que o uso do Instagram deveria ser proibido para crianças e adolescentes com menos de 18 anos.
O especialista em saúde mental defende que esta rede social só deve ser usada por pessoas em idade adulta, quando os jovens têm outras ferramentas para lidar com as pressões sociais e individuais desta rede social.
A opinião deste psiquiatra foi publicada no Daily Mail e surgiu no âmbito de uma recente campanha, proposta por várias celebridades, como Kim Kardashian. A campanha denomina-se #StopHateforProfit.
Max Pemberton acusa estas celebridades de serem hipócritas, visto a sua fama, e carteira, cresce através de posts de imagens e vídeos que são alterados digitalmente.
Segundo o psiquiatra as imagens, que são pré-concebidas e planeadas meticulosamente para obedecerem a determinados padrões estéticos, são altamente prejudiciais para jovens, sobretudo do sexo feminino. “Epidemia de fraca auto-estima e problemas de saúde mental”, é o que Max Pemberton diz que estas imagens causam.
O contexto hiper-crítico que as redes sociais criam, sobretudo no que diz respeito à imagem corporal, é muitas vezes responsável por doenças do foro alimentar, como anorexia, bulimia ou binge-eating.
Para o psiquiatra britânica esta questão deveria preocupar todos os pais, avós, educadores e demais responsáveis e tutores por e de crianças. Os perigos do Instagram refletem-se sobretudo a nível da própria imagem física, da auto-estima e do próprio valor pessoal, que a criança ou jovem considera não ter.
Pensa assim, porque de acordo com o psiquiatra está constantemente exposto a imagens pouco relaistas dos corpos e rosots de outras pessoas, consideradas perfeitas.
O médico psiquiatra disse ainda ao jornal britânico, que é difícil explicar ou fazer ver aos seus jovens pacientes que o que eles vêm online não é real. A preocupação que se tem em não expor crianças a conteúdos violentos e pornográficos deveria ser extendido ao Instagram.
Apesar de esta, e outras plataformas, só exigirem que os utilizadores tenham um mínimo de 13 anos de idade, o psiquiatra defende que as redes deveriam ser banidas até aos 18 anos.
Esta particularidade é defendida por Max Pemberton, porque entre os 14 e os 18, os adolescentes estão numa fase crítica do seu desenvolvimento, em que o mundo exterior à sua família é importante para a criação da sua identidade.
Estando, por isso numa fase mais suscetível a críticas, são mais prejudicados por expetativas irreais no que diz respeito aos seus corpos. Promovem-se sentimentos de ansiedade. Apesar de este fenómeno ser mais comum em adolescentes do sexo feminino, o psiquiatra alertou para o crescimento desta tendência nos rapazes.