Todas as semanas mais de 20 crianças e jovens morrem ou ficam feridos na sequência de um atropelamento. A maioria destes atropelamentos acontece entre os 10 e os 14 anos (dados ANSR, análise APSI – Associação para a Promoção da Segurança Infantil, 2015), em zonas residenciais e durante os percursos casa-escola.
Todas as semanas são atropeladas mais de 20 crianças
Ao contrário do que se possa pensar, é normal que as crianças se desloquem a correr, que se distraiam a brincar ou que voltem para trás quando menos se espera. O comportamento das crianças é muito diferente dos adultos quando andam na rua a pé.
Além disso, por serem mais baixas, as crianças não são tão visíveis aos condutores e o seu campo de visão é mais reduzido, tendo mais dificuldade em ver e em ser vistas. Mesmo as mais velhas têm dificuldade em fazer uma avaliação correta de todo o ambiente rodoviário e do risco de atropelamento.
Por isso, as crianças são especiais e especialmente vulneráveis!
Um carro parado em cima de uma passadeira, de um passeio ou em 2ª fila pode esconder uma criança dos “olhos” dos condutores ou obrigá-la a usar a estrada para andar, o que aumenta o risco de ser atropelada.
Um atropelamento a 50 km/h pode matar uma criança.
As crianças necessitam de se deslocar espontaneamente e ao seu ritmo, num espaço sem obstáculos e dificuldades com os quais não conseguem lidar.
Somos nós, condutores, que temos que mudar o nosso comportamento.
Com o regresso às aulas, milhares de crianças e jovens deslocam-se diariamente na rua. Perto de escolas, zonas residenciais, campos de jogos, parques infantis, ou outros locais onde possam existir crianças e adolescentes:
- Não conduza a mais de 30 km/h;
- Reduza a velocidade na aproximação de passadeiras ou locais habituais de atravessamento de peões;
- Não estacione em cima de passeios, passadeiras ou em 2ª fila. Se o fizer vai obrigar as crianças a deslocarem-se para a estrada para caminhar e/ou para verem melhor para atravessar;
- Ande com a criança a pé, preparando-a para mais tarde se deslocar autonomamente – ensinando-a a identificar situações de maior risco e a adotar um comportamento defensivo;
- Dê o exemplo – quer enquanto peão, quer enquanto condutor. As crianças aprendem mais com o que veem do que com o que lhe dizem.
A nova campanha da APSI, arrancou com o inicio de mais um ano letivo, e pretende sensibilizar todas as pessoas que conduzem para a especial vulnerabilidade das crianças enquanto peões e para a necessidade de alterarem os comportamentos que aumentam o risco de atropelamento nestas idades.
Mais informações aqui: www.apsi.org.pt