Um teste de diagnóstico de Covid-19 para crianças até aos 12 anos, desenvolvido pelo Instituto Gulbenkian Ciência, foi distinguido com o Grande Prémio da Sociedade Portuguesa de Pediatria. Este test é feito através de uma amostra de saliva em vez da habitual zaragatoa no nariz.
A eficácia e maior facilidade na execução deste tipo de teste de diagnóstico à Covid-19, concebido para crianças, em comparação com os restantes tipos, foi determinante para a atribuição do prémio. O projeto teve colaboração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC), do Hospital Dona Estefânia e do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora – Sintra).
Os testes comzaragatoa são evitados nas crianças até aos 12 anos, devido ao seu caráter mais invasivo. No entanto, estas “não estão a ser vacinadas podendo transmitir” a doença, disse Maria João Amorim, investigadora responsável do Instituto Calouste Gulbenkian, ao Jornal de Notícias. O teste do IGC apresenta-se como uma solução mais prática para detetar o SARS-CoV-2 nas crianças.
O teste de saliva funciona através da recolha de material genético e posteriormente é feito um teste molecular de PCR. Foi possível provar que nestes casos é mais sensível do que a utilização de secreções nasais” para a deteção da Covid-19, até porque o vírus se transmite principalmente pela inalação de gotículas de saliva.
O projeto, desenvolvido desde 2020, testou 49 adultos internados no Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca e 85 crianças até aos 10 anos de idade, internadas no Hospital Dona Estefânia. Os únicos pré-requisitos do teste é que não se pode comer nem beber 30 minutos antes da recolha da amostra.
No Instituto, também os funcionários estão a ser testados através deste método.
16 de novembro 2021