A UNICEF lançou esta semana um apelo financeiro, de financiamento de emergências no valor total de 9,4 mil milhões de dólares, destinados a apoiar programas essenciais para mais de 177 milhões de crianças afetadas pela pandemia de Covid-19 e por crises humanitárias.
O total dos fundos, que em euros representa um total de 8, 3 mil milhões, deverão alcançar um total de 327 milhões de pessoas, em cerca de 145 países e territórios, durante o ano de 2022. Este apelo financeiro é superior em 24% àquele que foi feito em 2020, já que as necessidades humanitárias continuam a aumentar.
Henrietta Fore, diretora-executiva da UNICEF, disse, em comunicado, que “milhões de crianças em todo o mundo estão a sofrer os impactos de conflitos, de eventos climáticos extremos e da crise climática”, sendo as crianças as mais afetadas em situação de crise.
O apelo inclui 2 mil milhões de dólares (1,77 mil milhões de euros) para resposta da UNICEF no Afeganistão, onde cerca de 13 milhões de crianças precisam de ajuda humanitária urgente. O apelo para o Afeganistão é o maior de sempre do organismo das Nações Unidas para um único país, sendo que o sistema se saúde do país está à beira do colapso.
Vão ser ainda atribuídos mais 933 milhões de dólares (cerca 826 milhões de euros) ao Acelerador de Ferramentas Covid-19. Este esforço é atribuído no sentido de acelerar o desenvolvimento, produção e acesso equitativo a testes, tratamento e vacinas, já que a pandemina continua a “criar disrupções na educação, saúde, nutrição e bem-estar das crianças em todo o mundo”.
A UNICEF vai precisar ainde de fundos para a crise de refugiados na Síria, para o Iémen, República Democrática do Congo e Etiópia. De acordo com a Unicef, em 2021 foram confirmadas cerca de 24 mil violações graves contra crianças, ou seja, 72 violações por dia.
9 de dezembro 2021