As visitas às urgências pediátricas estão a atingir níveis pré-pandémicos. Juntamente com alguns casos de Covid-19, as gripes, outras infeções respiratórias, gastroentrites e alergias estão a encher os serviços de urgência para crianças, deixando alguns à beira do colapso. Um reflexo do que também se verifica junto dos adultos.
Em reportagem, o Jornal Público destaca os casos das urgências pediátricas do Hospital D. Estefânia, em Lisboa e do São João, no Porto. Em média, as urgências estão a receber mais cerca de uma centena de crianças por dia do que no mesmo período pré-pandemia.
O Público revela que na passada segunda-feira, 31 de março, o Hospital D. Estefânia recebeu 384 crianças, tendo chegado às 400 na semana anterior. A média de atendimentos diárias durante o mês de março foi de 290.
No Porto, o cenário é muito semelhante, com uma média de 250 episódios na fase de inverno antes da pandemia, que passou para 350 durante este mês. Ruben Rocha, diretor do serviço de urgência do Hospital de São João, desta que “estamos numa fase de transição de vários vírus respiratórios que se conjugam no mesmo ponto temporal, fazendo com que a taxa de infeções respiratórias aumente de uma forma acentuada. Mas esta afluência também é fruto da cultura de elevado recurso às urgências”.
Ainda em declarações ao Jornal Público, o diretor da área pediátrica da unidade do hospital D. Estefânia, Gonçalo Cordeiro Ferreira, diz que as urgências pediátricas têm recebido quase tantos casos como os da urgência de adultos, que conta com muito mais médicos.
A gripe é uma doença de origem vírica, com maior incidência nos meses frios. Pode atingir qualquer pessoa em qualquer idade e é uma doença muito contagiosa. A criança não deve tomar xarope para a tosse mal surjam os primeiros sintomas a não ser que seja prescrito pelo médico/pediatra.
1 de abril 2022