Nesta quarta-feira, dia 31 de março, a Pfizer anunciou que a sua vacina contra o vírus da Covid-19 é segura e altamente eficaz em crianças de 12 anos de idade.
Este anúncio veio na sequência dos resultados de um ensaio clínico de pequenas dimensões recentemente conduzido nos Estados Unidos com a vacina.
O estudo que contou com 2.260 voluntários com 12 a 15 anos de idade, demonstrou a inexistência de casos no grupo de adolescentes que receberam a vacina da Pfizer-BioNTech contra o Covid-19, em relação aos 18 casos registados nos que tinham recebido um placebo.
Os jovens participantes no estudo revelaram índices elevados de anticorpos contra o novo coronavírus após a administração da vacina. Os índices de anticorpos eram ainda mais elevados do que os detetados em ensaios com jovens adultos.
Os efeitos secundários da toma da vacina, particularmente depois da segunda dose, foram semelhantes aos observados em jovens adultos. Os efeitos registados foram essencialmente dores, arrepios de frio e cansaço.
Assim, as duas empresas que desenvolveram esta vacina concluíram que além se ser segura, é também 100% eficaz em adolescentes naquela faixa etária.
A maioria das vacinas contra o novo coronavírus que têm surgido globalmente são destinadas a adultos, que são a população com maior risco para contrair o vírus. A vacina da Pfizer é atualmente autorizada para administração em pessoas com pelo menos 16 anos ou mais de idade.
Crianças vacinadas em breve?
No entanto, segundo especialistas, a vacinação das crianças de todas as idades é fundamental para acabar com a atual pandemia por Covid-19. Paralelamente, seria uma forma de as escolas voltarem a funcionar de forma um pouco mais normal, após tanto tempo de sucessivas paragens e mudanças.
Os fabricantes estão a planear pedir autorização de uso de emergência da vacina em crianças a a partir dos 12 anos de idade, às respetivas reguladoras do medicamento europeias e norte-americanas.
Contudo, a vacina Pfizer não é a única a pedir autorização de uso nas populações mais jovens. Atualmente, aguarda-se os resultados de um ensaio realizado com a vacina da Moderna em adolescentes dos 12 aos 17 anos de idade, que se anteveem promissores. Isto deve-se ao facto de ambas as empresas terem já recebido autorização para conduzirem estudos em crianças com menos de 11 anos de idade.
Por sua vez, a AstraZeneca iniciou também um estudo dos efeitos da sua vacina em crianças dos seis aos 17 anos de idade no Reino Unido. Da mesma forma, a Johnson & Johnson está atualmente a planear um estudo com a sua vacina igualmente em crianças. Finalmente a Sinovac anunciou recentemente que tinha publicado resultados preliminares que mostram que a sua vacina é segura em crianças de apenas três anos de idade.
31 de março de 2021
Fonte: Sky News