A vacinação de crianças entre os 5 e os 11 anos nos EUA, contra a Covid-19, arrancou há pouco mais de um mês. Foram registados poucos efeitos secundários, nenhum com gravidade, segundo o que divulgou a agência Lusa, que obteve dados do hospital Children’s National, em Washington DC.
Claire Boogaard, pediatra deste hospital, referiu que a instituição não recebeu alertas sobre efeitos secundários. “A vacina foi administrada a milhões em todo o país”, acrescentando que no seu hospital já se vacinaram três mil crianças e que dores no braço foram o efeito mais comum.
De acordo com o CDC (Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças), 4,8 milhões de crianças entre os 5 e os 11 (16,7% do total) receberam pelo menos a primeira dose da vacina da Pfizer, a única aprovada para esta faixa etária, desde novembro.
A análise aos dados desta organização revela que o ritmo de vacinação está a abrandar nesta faixa etária, algo que foi mais notório a partir do feriado de Ação de Graças, que nos Estados Unidos se celebra no final de novembro, depois de uma adesão inicial robusta.
Os médicos norte-americanos alertam para a “ideia errada” de que a Covid-19 não afeta as crianças. Claire Boogaard alertou para as consequências da infeção nos mais jovens, mesmo em doença mais moderada. Uma das apontadas é a Covid longa, com sintomas persistentes durante muito tempo e algo que a comunidade médica ainda não conseguiu entender.
Outra é a síndrome inflamatória multissistémica pediátrica, que pode ter consequências graves. A vacinação de crianças nos EUA começou no início de novembro. A autorização de emergência da administração da vacina foi concedida depois de uma análise dos resultados dos testes clínicos da Pfizer. Entretanto, a Moderna também já submeteu um pedido de aprovação para a sua vacina.
13 de dezembro 2021