A farmacêutica Johnson & Johnson está a planear alargar os ensaios clínicos da vacina contra a Covid-19 a recém-nascidos, grávidas e crianças. Os efeitos e a resposta imunitária da vacina em sistemas mais frágeis serão os focos da análise.
À semelhança da Pfizer e da Moderna, a Johnson & Johnson prepara-se para avançar com planos de expansão de ensaios clínicos, com o apoio do diretor do Programa de Vacinas de Precisão do Hospital Infantil de Boston, em Harvard, Ofer Levy, e de um membro do comité da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos, que reviu os dados sobre a vacina da empresa.
Apesar de a gigante farmacêutica não ter avançado com muitos detalhes, é claro que os estudos de imunização pediátrica e materna contra o Covid-19 vão continuar, segundo o que foi dito por estes responsáveis ao The New York Times.
A Johnson & Johnson deverá testar primeiro em crianças entre os 12 e os 18 anos de idade. Só depois serão incluídos recém-nascidos e menores de 12 anos.
As mulheres grávidas e as pessoas imunossuprimidas também estão incluídas. A farmacêutica pretende analisar a segurança e a resposta imunitária da vacina nestes grupos.
Esta vacina em particular é testada segundo um método muito comum nos últimos anos.
Baseia-se num adenovírus incapacitado, semelhante ao vírus que causa a gripe comum, que fornece instruções às células para fazerem cópias breves da proteína do vírus. Deste modo, o sistema imunitário do recetor do adenovírus, produz anticorpos para bloquear a infeção por Covid-19.
A vacina da J&J é administrada numa única dose. Foi aprovada para uso de emergência, no sábado passado, nos Estados Unidos da América. Espera-se que a Agência Europeia do Medicamento deve aprovar a vacina no início deste mês de março, e até abril deverá começar a ser distribuída pela União Europeia.
2 de março 2021