Na sequência do atual panorama de estado de emergência que se vive em Portugal, a companhia Musicalmente irá transmitir os concertos para bebés online, até porque a música é uma terapia.
“As famílias estão em casa, e vão estar durante algum tempo, e nós sabemos como estes concertos podem ser importantes para quebrar a rotina, enriquecer as interacções familiares”, afirmou o fundador e diretor da companhia, Paulo Lameiro, conta, em declarações ao Público.
Tal como noutros setores, Paulo Lameiro conta a situação que se vive no teatro, em especial na Musicalmente:
“Tivemos de cortar com os solistas convidados para os próximos três meses. Estamos também a reajustar a equipa interna e a cancelar atividades que não sejam necessárias implementar.”
Com a questão da pandemia e da rápida propagação, foi inevitável o cancelamento dos Concertos para Bebés agendados até então para Leiria, Marinha Grande, Coimbra e Sintra.
Concertos para bebés online
Mas isso não significa cancelar toda a iniciativa e abandonar o projeto. A companhia optou mesmo por ir além de “um simples” reembolso, optando por fazer a transmissão online e gratuita dos concertos, só que com uma logistíca naturalmente diferente da vivenciada nos concertos ao vivo, nos quais as crianças são convidadas a explorar o espaço e a interagir com os músicos e os instrumentos.
Os pais que tenham filhos até aos 5 anos de idade podem inscrevê-los, seguindo as indicações que aparecerão na página de Facebook da Concertos para Bebés. Depois de efetuada a respetiva inscrição, irão receber um email a indicar o cenário a criar nas suas residências para acolher o concerto (como por exemplo, o tipo de luz e os materiais que devem ter “à mão de semear”).
O director artístico da companhia explica que, ao contrário dos concertos para bebés presenciais, os concertos online terão uma particularidade: “Serão os pais a tocar alguns instrumentos. Nós vamos ser indutores de uma relação musical que acontece nas casas de cada família“.
Música, uma terapia necessária em tempos de isolamento
“Sabemos que alguns instrumentos e modelos musicais são muito importantes, abrem para formas alternativas de estar no mundo, a capacidade de nos transportarmos para outras dimensões e outras formas de estar com o outro”, declara Paulo Lameiro.
Será a musica uma terapia, neste caso, será isto musicoterapia?
O fundador da Musicalmente diz que sim, visto que “a música é um fenómeno vibratório, que atua sobre tudo o que é matéria”.