Já conhece o óleo de rícino? Se sim, associa-o a algo que se desvanece nas prateleiras das memórias de outros tempos? Bem, mas não é só nas brumas da memória que encontramos este precioso e versátil óleo vegetal. Conheça 6 motivos para ter sempre um frasquinho de óleo de rícino no armário da casa de banho.
O que é o óleo de rícino?
O óleo de rícino é um líquido translúcido e amarelado, de preço bastante acessível e facilmente disponível em farmácias, lojas de produtos de higiene pessoal, etc. É extraído das sementes da mamona, uma planta medicinal também conhecida como Ricinus communis. Conhecida vulgarmente também como rícino, carrapateiro, figueira-do-inferno e outros, é considerada uma espécie de planta invasora em Portugal.
As sementes da mamona contêm aproximadamente 40-50 por cento de óleo. Curiosamente, estas sementes são tóxicas (devido à ricina, uma enzima) mas estas toxinas não são solúveis no óleo. Por isso, este óleo é totalmente seguro nos humanos e não tóxico.
Usos do óleo de rícino
As propriedades medicinais e de beleza do óleo de rícino são conhecidas pelo menos desde há 3.000 anos, pois era já usado no antigo Egipto.
Hoje em dia, este óleo conhece uma variedade de usos, nomeadamente nas áreas da:
- Indústria
- Medicina
- Farmácia
- Beleza
Devido às suas propriedades, o óleo de rícino pode ser encontrado numa infinidade de produtos, tais como:
- Alimentos
- Medicamentos
- Biodiesel
- Lubrificantes industriais
- Produtos de higiene pessoal
- Tintas
- Produtos de limpeza
- Etc.
6 benefícios do óleo de rícino
1. Laxante natural
Entre os usos medicinais deste óleo, a sua ação como laxante natural é provavelmente a mais conhecida. Efetivamente, o óleo de rícino pode ser usado para tratar casos pontuais de prisão de ventre.
Quando é ingerido, liberta ácido ricinoleico, o ácido gordo principal presente neste óleo, sendo posteriormente absorvido pelos intestinos. O efeito é fortemente laxativo.
Contudo, antes de decidir experimentar tomar óleo de rícino, deve aconselhar-se com o seu médico. Há grupos de pessoas, nomeadamente grávidas e pessoas com outros problemas intestinais, em quem o óleo de rícino pode ser prejudicial.
Segundo o portal de saúde Medical News Today a dosagem em adultos é normalmente de 15 mililitros, ou três colheres de chá. Devido ao seu forte odor, sabor e viscosidade, algumas pessoas tomam-no diluído em chá ou outra bebida. Os efeitos costumam manifestar-se entre 2 a 6 horas após a toma.
O mesmo portal não aconselha o uso deste óleo em crianças até aos 6 anos de idade. Nas crianças com mais de 6 anos, deve, naturalmente, aconselhar-se antes de mais com o pediatra que irá decidir se o seu uso é apropriado ou não.
No entanto, é importante saber que a toma deste óleo pode causar cólicas e diarreia.
2. Cicatrização de feridas
O óleo de rícino é ideal para ajudar na cicatrização de feridas pois a sua aplicação hidrata a zona da ferida promovendo assim a sua cicatrização. Adicionalmente evita que a ferida seque.
O uso direto deste óleo nas feridas pode ainda diminuir o risco de infeção porque cria uma barreira entre a ferida e o ambiente. Finalmente, a sua aplicação estimula a regeneração dos tecidos e previne a acumulação de células de pele mortas.
Um estudo de 2014, efetuado junto de 861 residentes de lares de idosos concluiu que as úlceras de pressão (aquelas provocadas por longos períodos de pressão sobre áreas de corpo, frequente nas pessoas acamadas) conseguiam uma maior percentagem e período de cicatrização quando tratadas com óleo de rícino.
3. Anti-inflamatório potente
Tudo indica que este óleo possui também fortes propriedades anti-inflamatórias e a ciência concorda. O ácido ricinoleico presente no óleo de rícino é, ao que parece, o responsável por essas propriedade anti-inflamatórias.
Foi observado que quando é aplicado sobre a pele, este óleo promove tanto a redução da inflamação, assim como da dor. Isto poderá ser particularmente interessante para quem sofre de doenças inflamatórias como a psoríase, que causa extrema secura e irritação na pele, e a artrite reumatóide, que causa inflamação.
Há estudos cujos resultados apontam para essas propriedades anti-inflamatórias do ácido rinoleico. Contudo, pelo que sabemos, foram conduzidos em laboratório, sendo necessária mais investigação em humanos.
4. Combate a acne
A acne costuma ser muito comum em adolescentes e jovens adultos. É um problema bastante aborrecido pois pode afetar a auto-estima. O óleo de rícino demonstra ter o potencial de reduzir os sintomas da acne, nomeadamente da inflamação e irritação causada na pele afetada. Pensa-se que a inflamação é um fator determinante na severidade da acne.
Devido ao facto de a acne estar também associada a um desequilíbrio bacteriano na pele, nomeadamente da bactéria Staphylococcus aureus, ao ser aplicado na pele este óleo aparenta ajudar a combater a sua proliferação.
5. Mantém o cabelo e couro cabeludo saudáveis
Este óleo tão versátil é usado, como vimos, em produtos de higiene pessoal, particularmente para o tratamento do cabelo e couro cabeludo. Efetivamente, a sua aplicação nestas áreas traz os seguintes benefícios:
- Hidrata intensamente o cabelo, especialmente quando está seco ou estragado
- Lubrifica os fios de cabelo, aumentando a sua flexibilidade e protegendo-os das quebras, quando usado com regularidade
- Hidrata o couro cabeludo seco e irritado e pode reduz a sua descamação
- Pode reduzir a caspa, incluindo a caspa causada pela dermatite seborreica
6. Hidrata a pele
Devido ao facto de ser rico em ácido ricinoleico, um ácido gordo monoinsaturado, o óleo de rícino constitui um humectante natural. Isto significa que tem a capacidade de proteger a camada exterior da pele contra a perda de água. A retenção da humidade na pele garante que a mesma se mantém hidratada.
É esta preciosa propriedade faz com que esse óleo seja encontrado nos ingredientes de diversos produtos de cuidados da pele como cremes hidratantes, loções de limpeza, etc.
Este óleo pode ser usado na pele do corpo e face como um hidratante rico e eficaz, mas também muito leve para a carteira.
Pode ser usado diluído em óleo de amêndoas doces, por exemplo, para facilitar a sua aplicação. Contudo, como os produtos aplicados na pele em geral, poderá causar uma reação alérgica na sua pele, pelo que convém fazer um teste primeiro.