Especialistas britânicos do Royal College of Paediatrics and Child Health, alertam para o aumento dos distúrbios alimentares infantis que aumentaram consideravelmente durante o ano de 2020.
Os médicos pedem que os pais fiquem alertas, já que concluíram que os números de casos de distúrbios alimentares nas crianças e nos jovens são quatro vezes superiores face ao ano de 2019. Estes especialistas acreditam que uma das principais causas é a pandemia.
Os especialistas de Inglaterra, Escócia e País de Gales, profissionais do Serviço Nacional e Saúde Inglês, confirmam que o internamento por distúrbios alimentares aumentou significativamente durante o ano de 2020.
A organização de saúde infantil defende que o isolamento dos amigos, o encerramento das escolas, o cancelamento de exames, a falta de atividades extracurriculares como o desporto e a maior utilização das redes sociais são dos fatores que contribuíram para este aumento.
Outros fatores avançados pela cadeia de televisão BBC, foram também o medo de contrair Covid-19, a quarentena forçada e problemas familiares a nível financeiro.
Os especialistas do Royal College of Paediatrics and Child Health afirmam que quanto mais cedo os distúrbios forem detetados, melhor são as hipóteses de o tratamento ser bem-sucedido.
Karen Street, médica no hospital Royal Devon e Exeter explica que os distúrbios alimentares “começam com mudanças frequentemente bastante pequenas, tais como a recusa de comer alimentos que anteriormente eram apreciados”, alertando os pais para estarem atentos.
A Beat, instituição de solidariedade ligada a desordens alimentares, revelou que os pedidos de ajuda na linha de apoio duplicou desde fevereiro. “O aumento do foco na alimentação durante o período natalício, juntamente com o dilúvio de mensagens de dieta no Ano Novo pode ser uma combinação tóxica para jovens em risco de desordem alimentar, por isso, é importante estar atento aos primeiros sinais e agir rapidamente”, assegura o responsável Tom Quinn.
30 de dezembro 2020