Um estudo revelou que uma em cada três mães se sentiu levada “ao limite” pelas consequências da pandemia. Tentar manter o equilíbrio entre aulas online, trabalho remoto, tarefas domésticas e cuidados com filhos, levou a que muitas das participantes assumissem uma necessidade por mais tempo para cuidados pessoais.
A pesquisa contou com a participação de 1009 mulheres, no Reino Unido, sendo que dois terços afirmaram estar a arcar com mais cuidados infantis do que o normal desde o início da pandemia e dos períodos de confinamento. 53% assumiu precisar de mais tempo para si.
O estudo foi desenvolvido pela plataforma online Mothersphere, e também revelou que o teletrabalho, obrigatório durante a pandemia, também contribuiu para que as mães inquiridas se sentissem “no limite”. Apenas 4% disseram que consideravam existir uma divisão de responsabilidades domésticas entre elas e os parceiros. Nenhuma considerou que o parceira fazia mais do que ela.
A Mothersphere incentiva mães a dar prioridade ao seu bem-estar pessoal e a não deixarem outras áreas da sua vida para trás. Uma das fundadoras, Tanya Candy, considera os dados reunidos neste estudo, bastante preocupantes.
Só 12% das mães afirmou colocar as sua própria saúde mental em primeiro lugar. Por outro lado, 14% disse que as suas necessidades estão em último lugar, até mesmo depois do animal de estimação. A pesquisa mostrou ainda que as mulheres mais jovens eram mais propensas a afirmar ter uma divisão mais igualitária das tarefas em casa: 43% com idades entre 16 a 29 anos, quando comparadas com o grupo de entrevistadas mais velhas.
As fundadoras do Mothersphere esperam que as informações agora reveladas motivem as mães britânicas a dar prioridade ao seu bem-estar e saúde mental, sobretudo agora que as restrições e confinamento também já começaram a levantar no Reino Unido.
22 de abril 2021