Para mais de um milhão de alunos portugueses, esta terça-feira fica marcada pelo regresso às aulas para o ano letivo 2021/22. Mais um regresso marcado pela pandemia de Covid-19 que ainda obriga a normas de segurança e à recuperação das aprendizagens condicionadas no ano letivo passado, devido ao confinamento.
As escolas portuguesas mantêm os corredores de circulação e as crianças são aconselhadas a permanecer nas “bolhas” da sua turma. As máscaras continuam a ser obrigatórias. Fora dos cuidados com a pandemia, a partir deste ano letivo passou a ser proibida a venda de alimentos prejudiciais à saúde, como folhados, batatas fritas, refrigerantes ou chocolates.
Funcionários professores e alunos voltam, à semelhança do que aconteceu no ano letivo anterior, a ser testados à Covid-19. A partir de 20 de setembro será a vez dos estudantes.
Entre terça e sexta-feira, as crianças vão regressar às aulas e conhecer os preparativos para o ano letivo 2021/22 que têm vindo a ser feitos pelos professores, incluindo o Plano 21/23 Escola+. Até 2023, os estudantes deverão recuperar as aprendizagens perdidas durante o confinamento dos últimos dois anos letivos. Contudo, diretores e professores queixam-se de não ter havido este ano um novo reforço das equipas para pôr em prática o plano.
O novo ano letivo vai ficar marcado pela transferência de competências da educação para as autarquias. Esta mudança, que se prevê estar concluída no final de março de 2022, é uma das razões da greve de professores e pessoal não docente anunciada pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP).
Esta greve está prevista para entre 14 e 17 de setembro, para coincido com o começo do novo ano letivo 2021/22. A greve também protesta o concurso de professores, que os sindicatos classificam de injustos, a precariedade, a avaliação com quotas, a idade da reforma, a falta de subsídios de transporte e alojamento e os salários.
O Ministério da Educação e os sindicatos preveem rever as normas dos concursos durante este ano letivo. À Agência Lusa, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, disse que a tutela espera com este processo “dar mais estabilidade às escolas e aos docentes”, sendo por isso “uma forte luta contra a precariedade”.
Ainda no que diz respeito à prevenção pandémica, a Direção-Geral da Saúde alterou as regras de isolamento profilático das turmas quando surge um caso positivo. Acaba a obrigatoriedade de turmas inteiras ficarem em casa durante duas semanas: Os alunos de contactos de baixo risco ou que testem negativo devem regressar à escola.
14 de setembro 2021