Desde ontem que as cantinas escolares começaram a ser alvo de fiscalização de forma a garantir a qualidade das refeições fornecidas aos alunos. Foi o próprio ministro da Educação a anunciar um novo plano de controlo de qualidade.
As ementas e a composição das refeições têm de contemplar os princípios defendidos pela dieta mediterrânica, assim como garantir dietas por motivos religiosas, opção vegetariana e dietas justificadas por prescrição médica, sejam por alergias ou intolerâncias alimentares.
Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, revelou à Agência Lusa que está no terreno um programa integrado de controlo de qualidade e quantidade das refeições escolares. Este programa prevê algumas visitas surpresas às cantinas escolares, para fiscalização da qualidade.
Neste ano letivo, as competências educacionais e escolares passam para as mãos dos municípios, o que inclui as cantinas, serviço essencial para muitas famílias, especialmente as mais carenciadas.
“Os refeitórios escolares são um elemento absolutamente central para a alimentação de muitas crianças e jovens. Nunca nos podemos esquecer que muitas destas crianças e jovens encontram na escola a única quantidade de calorias significante que têm ao longo do dia”, lembrou o governante.
Em agosto, o Governo publicou um despacho definindo que as refeições escolares devem obedecer as orientações da Direção-Geral da Educação (DGE) e as ementas devem ser elaboradas, sempre que possível, sob orientação de nutricionistas. A fiscalização agora em vigor pretende garantir a qualidade das refeições fornecidas e mostras que nas cantinas escolares é possível comer bem sem gastar muito.
Até agora, apenas 1% das escolas cumpria as orientações que foram dadas em 2012. Ainda em entrevista à Lusa, Tiago Brandão Rodrigues contesta quem acusou o Ministério de pôr em prática “medidas com moralismo e paternalismo”, lembrando que o diploma é o resultado de um trabalho realizado por técnicos da área da saúde.
14 de setembro 2021