Num parecer divulgado na terça-feira, a Sociedade Portuguesa de Pediatria considerou que a toma da vacina contra a Covid-19 é segura para as crianças do grupo etário entre os 5 e os 11 anos de idade. A instituição defende que a decisão deve ser suportada com dados como a prevalência da infeção nas crianças.
Enquanto se aguarda pela decisão final da Agência Europeia do Medicamento (EMA), a Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) já se pronunciou no tópico da toma da vacina por parte do grupo etário mais jovem que já foi considerado até hoje.
A decisão está a ser tomada com a vacina da Pfizer em cima da mesa e a decisão da EMA deve estar iminente (entre quarta e quinta-feiras).
“A vacinação contra SARS-CoV-2 foi avaliada num ensaio clínico em crianças dos cinco aos onze anos de idade, no qual foram vacinadas 1517 crianças. Os resultados mostraram que é segura e eficaz contra a covid-19, tal como noutros grupos etários”, pode ler-se no parecer da SPP.
A SPP destaca que nas crianças mais jovens, a Covid-19 é normalmente uma doença assintomática ou ligeira, e que são raros os casos mais graves que obrigam a internamento. No entanto, a instituição também sublinha que as crianças “êm sido fortemente prejudicadas na pandemia devido aos confinamentos sucessivos, que afetam seriamente a sua aprendizagem e saúde mental e aumentam o risco de pobreza e de maus-tratos”.
Vacinar os mais novos seria útil no sentido de evitar outros confinamentos e surtos nas escolas. Depois de pedir a opinião aos especialistas, a DGS aguarda pela decisão da EMA, tendo de considerar, simultaneamente, a disponibilidade de vacinas no país.
Enquanto a agência europeia ainda avalia a questão, nos EUA, o regulador do medicamento já autorizou a vacinação das crianças a partir dos cinco anos. O processo está em curso desde o início do mês de novembro, com uma campanha que inclui cerca de 28 milhões de crianças elegíveis para serem vacinadas.
24 de novembro 2021