As infeções em crianças, por Covid-19, aumentaram 83% numa única semana, se acordo com os dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS). A incidência em crianças e jovens está cada vez mais vincada, com a faixa etária entre os 0 e os 10 anos a registarem 12 mil casos por 100 mil habitantes, nos últimos 14 dias.
Foi o grupo que registou maior incidência em relação à semana anterior, segundo a análise de risco semanal das autoridades de saúde. O aumento das infeções em crianças é acompanhado pela crescente incidência cumulativa nos grupos etários abaixo dos 20 anos, assim como nas pessoas entre os 30 e os 49, e acima dos 70.
Esta tendência regista-se uma semana antes de estar planeada a administração da segunda dose às crianças entre os 5 e os 11 anos.
Na semana passada, um parecer de unidade da DGS assegura que a vacinação pediátrica contra a Covid-19 é segura e eficaz, sendo que as miocardites, um dos efeitos secundários mais graves, são 60 vezes menos frequentes em crianças vacinadas, em relação às infetadas.
A Rádio Renascença, que teve acesso ao documento, noticia que segundo o mesmo, “as reações adversas são raras, muito em particular no grupo de crianças entre os 5 e os 11 anos. As miocardites após vacinação, são também muito raras e geralmente ligeiras. Com rápida recuperação, parece não deixar sequelas. Atinge particularmente os rapazes na adolescência e jovens adultos.
O parecer da Direção-Geral da Saúde destaca a opinião dos principais hospitais pediátricos nacionais, que indicam que “o risco de envolvimento cardíaco em doentes com infecção por covid, em qualquer idade, é uniformemente pior e mais frequente, do que após a vacinação”.
A vacinação é suportada por evidência científica robusta, como medida para diminuir a potencial gravidade do impacto da Covid-19 nas crianças e adolescentes.
31 de janeiro 2022