No início do próximo ano letivo, professores e pessoal não docente vão receber formação sobre alergias alimentares, em caso de necessidade de atuação. Segundo anunciou o Governo, os profissionais das escolas vão saber como atuar perante uma situação de reação anafilática e as escolas vão ter stocks de canetas de adrenalina.
O Ministério da Educação anunciou estas medidas com base no regulamento publicado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) denominado “Alergia Alimentar na Escola”. O plano anunciado prevê que a formação seja dada em escolas onde estudam crianças diagnosticadas com alergias alimentares, e em todos os estabelecimentos de ensino com mais de mil alunos, mesmo que não existam casos identificados.
O regulamento da Direção-Geral da Saúde prevê também que as escolas passem a dispor de stocks de auto-injectores de adrenalina (canetas de adrenalina). A formação sobre alergias alimentares tem como objetivo a prevenção, reconhecimento e atuação perante uma situação de reação ou choque anafilático.
O Ministério da Educação explica que “as alergias alimentares atingem cerca de 5% de crianças e jovens em idade escolar, com um conjunto de sintomas, em caso de contacto ou ingestão inadvertida do alergénio, de gravidade crescente. Sendo a escola um local onde estas crianças e jovens passam grande parte do seu dia, é essencial que se aplique um conjunto de procedimentos e normas de forma a assegurar a prevenção ou a resposta em caso de episódios de alergia alimentar”.
Embora as doenças alérgicas, como a alergia alimentar, tenham uma base genética, os fatores ambientais, nos quais se inclui a alimentação, podem ter influência no seu desenvolvimento e por isso ser importante para prevenir as manifestações da doença.
Sabe-se que existe uma maior incidência familiar e crianças de risco (ou seja, uma criança que já tenha doença atópica ou que tenha um familiar direto – pais ou irmãos – com doença alérgica ou no próprio) e de alto risco.
8 de fevereiro 2022