A Agência Europeia do Medicamento (EMA) aprovou ontem a administração da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 a crianças a partir dos 12 anos. A vacina que está a ser administrada a crianças e adolescentes entre os 12 e 17 anos é a da Pfizer/BioNTech, a Cominarty.
Em comunicado oficial, a EMA anunciou que “o comité considerou que as evidências disponíveis são suficientes para concluir que a resposta imunitária a uma dose de reforço em adolescentes seria pelo menos igual à de adultos”.
A dose de reforço para crianças e adolescentes a partir dos 12 anos deverá ser distribuída conforme apropriado e conforme decisão dos governantes de cada país. O parecer da Agência Europeia do Medicamento vai ser agora enviado à Comissão Europeia, para que seja emitida a decisão final em relação ao uso da vacina na União.
Em outubro passado, a agência aprovou a dose de reforço da Comirnaty a todas as pessoas com 18 ou mais anos, bem como a Spikevax da Moderna pouco depois. Também esta vacina foi ontem aprovada para uso em crianças entre os 6 e 11 anos.
Assim que a Comissão Europeia aprovar e der seguimento à recomendação da EMA, a vacina Spikevax da Moderna junta-se à Cominarty da Pfizer/BioNTech, para ser administrada nas faixas etárias mais jovens.
No fim-de-semana passado, 19 e 20 de fevereiro, atingiram-se as 83.691 crianças com vacinação completa, a nível primário, e as 329.958 que já receberam a primeira dose. O coordenador do plano de vacinação, coronel Carlos Penha-Gonçalves, admitiu que a vacinação contra a Covid-19 destinada a crianças está aquém das expectativas.
Ainda assim, Portugal é dos países da Europa com maior taxa de adesão na faixa etária entre os 5 e os 11 anos. Segundo António Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, disse que a imunização de crianças tem de ser tratado e visto como um processo de continuidade, sendo que “praticamente 50% desta faixa etária foi vacinada”.
25 de fevereiro 2022