Uma maternidade na cidade ucraniana de Mariupol foi ontem alvo de ataque por parte do exército russo. A notícia foi avançada pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e até esta hora regista 3 mortos e 17 feridos. Ainda há pessoas desaparecidas, incluindo crianças.
O bombardeamento foi também confirmado pela Câmara Municipal de Mariupol, uma das cidades mais atacadas pelas forças russas. Esta localidade, no sul da Ucrânia, está cercada por tropas russas e sob bombardeamentos há dias, deixando milhares de pessoas sem água e eletricidade.
O ataque à maternidade em Mariupol levou Zelensky a voltar a pedir que se feche o espaço aéreo ucraniano. O governante disse no Twitter estarem crianças debaixo dos escombros, usando a palavra “atrocidade”, acusando o mundo de estar a ser cúmplice do terror.
Mulheres em trabalho de parto e bebés recém-nascidos ocupavam a maternidade desta cidade portuária, onde os alimentos também começam a faltar. Entre os feridos estão grávidas que se encontravam em trabalho de parto, indicam agências noticiosas internacionais.
As imagens partilhadas nas redes sociais e por fotojornalistas, revelam o impacto indescritível neste hospital e maternidade.
O Vaticano condenou o ataque desta quarta-feira contra a maternidade de Mariupol: “Bombardear um hospital é inaceitável. Não há razões, não há motivações, para fazer isto”, declarou o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal D. Pietro Parolin.
Também o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou o bombardeamento ao hospital, onde além da maternidade, estão localizadas alas pediátricas, considerando-o “horrível”, e voltou a pedir o fim da “violência sem sentido”.
O bombardeamento ocorreu durante o período que seria de cessar-fogo, para permitir os corredores humanitárias que evacuam a cidade.
10 de março 2022