A Organização Mundial de Saúde (OMS) encontra-se a acompanhar um possível surto de um tipo desconhecido de hepatite infantil. Os casos estão a surgir em Espanha e no Reino Unido, com os primeiros a serem detetados na Escócia.
Estas primeiras ocorrências foram verificadas no início deste mês, sendo que em todo o Reino Unido já foram identificados 77 casos, com mais diagnósticos a surgirem nos próximos dias. A OMS informa que a infeção afetou sobretudo crianças com menos de 10 anos e os sintomas incluíam icterícia, diarreia, vómitos e dores abdominais.
Em seis dos casos diagnosticados foram necessários transplantes de fígado. A OMS já esclareceu que não existe qualquer ligação entre os casos desta hepatite infantil e a vacina contra a Covid-19, que aliás não foram administradas a nenhum dos casos confirmados no Reino Unido.
Questionada pela TSF, a Direção-Geral da Saúde garantiu estar atenta ao desenrolar da situação, mas assegurou que não feoi detetado nenhum caso semelhante ao verificado em Espanha e no Reino Unido. Nas crianças afetadas não foi detetado nenhum dos vírus que costumam causar as hepatites A, B, C, D e E.
As formas mais frequentes nas crianças são a hepatite A e a E pois são principalmente de transmissão fecal-oral. Isto significa que são transmissíveis através do consumo de água ou alimentos infetados e contacto com objetos também infetados. Como as crianças levam muitos dos brinquedos e outros objetos à boca, a partilha destes com outras crianças é fator de transmissão da infeção.
19 de abril 2022