Um grupo de investigadores em Toronto, no Canadá, apresentou um estudo que concluiu que as crianças que seguem uma dieta vegetariana têm mais probabilidade de ter magreza excessiva, quando comparadas com as que ingerem carne com regularidade.
O principal objetivo deste estudo foi examinar a relação entre uma dieta vegetariana, o crescimento e o nível de nutrientes em crianças saudáveis, segundo noticia a revista Visão. Participaram no estudo quase 9 mil crianças, entre os 6 meses e os 8 anos de idade.
A probabilidade de terem magreza abaixo do normal é a única diferença entre crianças que seguem dieta vegetariana e as que consomem carne. A nível de crescimento, altura e quantidade de nutrientes, os valores entre as crianças são bastante semelhantes.
A investigação, liderada por Jonathon Maguire, também médico no hospital St. Michael’s Hospital of Unity Health Toronto, pretendia examinar a relação entre os níveis de crescimento, micronutrientes e lípidos de soro. Segundo o investigador, esta é uma área pouco explorada, especialmente num período de tempo em que a população que segue dietas à base de vegetais aumenta.
Além do índice de massa corporal, da altura e do peso, os médicos mediram também os níveis de vitamina D e ferratina. A vitamina D está muito presente no peixe e nos laticínios, e a ferritina é a principal proteína que armazena ferro no sangue. Também nestes indicadores não foi encontrada uma diferença significativa.
Entre as crianças participantes, que foram acompanhadas pelos investigadores durante 3 anos, em média, 248 eram vegetarianas no início do estudo, e outras 338 tornaram-se vegetarianas ou veganas ao longo do mesmo.
Foi neste grupo que se demonstrou quase o dobro de probabilidade de ter o peso abaixo do normal. Os médicos não desaconselham uma dieta vegetariana, desde que bem estruturada e com o acompanhamento necessário para mitigar a necessidade de reforço de alguns nutrientes.
4 de maio 2022