Enquanto lactente, o leite materno (exclusivo até aos 6 meses de vida), satisfaz as necessidades energéticas e nutritivas da criança.
No entanto, com o seu crescimento a diversificação alimentar inicia-se, e os produtos lácteos continuam a desempenhar um papel fundamental na alimentação.
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- Os leites de crescimento na dieta infantil
Os leites de crescimento na dieta infantil
No que respeita aos leites designados como “de crescimento” ou “júnior” são leites que carecem, no espaço europeu, de recomendações e de legislação reguladora, sendo por isso subjetivo o recurso a este tipo de alimentos.
Estes são leites que foram desenvolvidos de forma a fornecer uma opção mais adequada às necessidades específicas do seu filho durante a fase de crescimento. Na análise de rótulos podemos verificar que apresentam algumas vantagens significativas relativamente ao leite de vaca meio gordo, fornecendo à criança um melhor teor de vitaminas e minerais (nomeadamente A, D, E, C, do complexo B, cálcio, fosforo, iodo e algum ferro), algum teor de ácidos gordos polinsaturados e ainda, um menor teor proteico, prevenindo algumas carências nutricionais.
Contudo, este leite tem um valor superior de hidratos de carbono, dos quais uma parte será maltodextrina (hidrato de carbono complexo constituído por polímeros de glicose).
Assim, se por um lado este pode ser um alimento interessante durante a fase inicial de crescimento (entre os 1 e 3 anos) por outro, será que o acréscimo de preço compensa estas vantagens nutricionais? Uma criança com uma alimentação diversificada, saudável, equilibrada e com ingestão de produtos lácteos dentro dos valores recomendados tem necessidade que ingerir estes leites de “especias”?
Termino deixando estas questões no ar, e referindo que todas as crianças são diferentes e se alimentam de forma diferente e por isso penso que, ser capaz de integrar na alimentação, com equilíbrio, os muitos alimentos disponíveis (incluindo os lácteos), acaba por se revelar como a opção mais razoável e saudável!