Na parte 1 deste artigo foram abordados vários fatores que, à luz de diversos estudos efectuados, poderão ajudar o seu “tesourinho” a tornar-se um sucesso na vida. Alguns daqueles fatores são puro senso comum, tal como dormir bem.
No entanto, a forma como lida com a leitura em relação ao seu filho, bem como certas estratégias de aprendizagem abordadas de forma diferente poderão ser muito benéficas para o desenvolvimento do seu “rebento”.
Vejamos outros aspetos que poderão ajudar a maximizar o seu potencial.
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6. Autodisciplina e QI caminham lado a lado
Ter um QI elevado poderá só por si não garantir o sucesso académico.
Um estudo conduzido pela Universidade da Pensilvânia, EUA, sugere que a falta de autodisciplina poderá contribuir para o insucesso académico. Por outro lado, para além deste estudo, vários têm sido os estudos a demonstrarem que a força de vontade pode ajudar os alunos a obterem resultados mais favoráveis nos seus estudos.
Segundo o mesmo estudo, os alunos mais motivados registaram, para além de melhor aproveitamento, menos ausências nas aulas, bem como menos tempo passado a ver televisão e mais horas dedicadas aos trabalhos de casa. “A autodisciplina previu melhor o desempenho escolar do que o QI. A autodisciplina também previu quais os alunos que iriam melhorar as suas notas durante o ano letivo, mas o QI não” avançaram os investigadores.
7. Os colegas importam
Viver num bom bairro, frequentar boas escolas e procurar que o seu filho conviva com bons miúdos podem fazer uma grande diferença. O grupo de colegas com os quais o seu filho convive diariamente pode exercer uma enorme influência sobre o seu desempenho escolar.
Ora vejamos: um estudo conduzido por Bruce Sacerdote da Faculdade de Dartmouth, EUA, demonstrou que os alunos com médias baixas que partilhavam quartos com alunos com médias mais elevadas, tendiam a melhorar as suas notas. Segundo os investigadores, estes alunos “pareciam influenciar-se uns aos outros com bons e maus hábitos de estudo”.
8. Acredite no seu filho
O simples facto de acreditar que o seu filho é mais esperto do que a norma pode fazer a diferença.
Um estudo conduzido por Rosenthal e Lenore Jacobson revelou que quando se disse a professores que certos alunos eram mais inteligentes, aqueles alunos revelaram melhores resultados apesar de terem sido escolhidos à sorte. Não foi feito nada mais pelos investigadores, senão terem escolhido aleatoriamente certos alunos. No entanto, no fim do ano letivo os mesmo alunos tinham ganho uma média de 22 pontos de QI e quase todos tinham ganho pelo menos 10 pontos de QI.
9. Crianças felizes são crianças de sucesso
As crianças mais felizes apresentam maior probabilidade de se tornarem adultos de sucesso.
Um estudo conduzido sobre 15.000 jovens pela University College de Londres, Reino Unido, revelou que os que demonstravam maiores índices de satisfação na vida conseguiram melhores salários do que os que diziam ser menos felizes.
Isto deve-se provavelmente ao facto de as pessoas alegres serem tendencialmente mais extrovertidas, acabarem o curso, conseguirem um emprego e serem promovidas mais rapidamente. Mais, parece que a mesma tendência se aplica à vida amorosa, com mais e mais longos casamentos para aqueles que revelam maiores índices de felicidade.
E para assegurarmos que as nossas crianças são felizes, o melhor é começarmos por lhes oferecer pais felizes.
10. Comer bem e aprender bem
Nada de novo aqui. Todos sabemos que a alimentação importa e a ciência comprova-o!
Começar um dia de testes com um bom pequeno-almoço, rico em fibra, hidratos de carbono e alimentos de digestão lenta (como a aveia, por exemplo) ajuda a aumentar a probabilidade de sucesso.
O que se come nos dias antes também importa: uma alimentação demasiado abundante em gordura, carne, ovos, queijo e com poucos hidratos poderá prejudicar o desempenho nos testes. Se vai oferecer uma guloseima ao seu filho, opte por quando este se encontra a estudar.
Uma última nota: a inteligência não é tudo na vida. Uma consciência ética e empatia são também importantes.