Uma campanha de vacinação contra poliomielite para crianças até aos nove anos de idade vai avançar, na capital britânica. Em Londres foram encontrados vestígios do vírus da poliomielite, durante uma inspeção de rotina à rede de esgotos da cidade.
A BBC avançou com a informação, depois de a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido considerar esta situação como um incidente nacional. A campanha de vacinação deverá abranger cerca de um milhão de crianças, incluindo as que têm a vacinação atualizada.
Tal como em toda a Europa, a poliomielite é vista como uma doença do passado no Reino Unido. O continente europeu viu a doença erradicada no início do milénio, em 2003. Em vários países, os últimos casos foram registados na década de 1980.
O vírus da poliomielite pode infetar a medula espinal e os nervos na base do cérebro, causando paralisia. Em casos mais extremos pode mesmo vir a ser fatal. Mas a maioria das pessoas com poliomielite não terá nenhum sintoma e combaterá a infeção sem nem perceber que foi infetada. Um pequeno número de pessoas poderá experienciar sintomas semelhantes à gripe entre três a vinte e um dias após a infeção.
Foram encontradas várias amostras de diferentes estirpes do vírus da poliomielite, entre fevereiro e maio deste ano. As autoridades acreditam que a disseminação terá tido origem em indivíduos no nordeste de Londres, com relação próxima, provavelmente membros da mesma família. Possivelmente alguém que esteve no Afeganistão, Paquistão ou Nigéria.
A vacinação contra a poliomielite, em crianças, torna-se num acontecimento importante e com alguma urgência, visto que afeta sobretudo crianças com menos de cinco anos e que só pode ser prevenida com a vacina. A polio, como mitas vezes é designada, não tem cura.
O vírus espalha-se facilmente quando uma pessoa infetada tosse ou espirra e também pode propagar-se através de alimentos ou água que estiveram em contacto com as fezes de alguém infetado. A Organização Mundial da Saúde está atenta ao evoluir da situação.
11 de agosto 2022