O ano letivo, que começa entre amanhã e sexta, arranca num suposto regresso à normalidade pré-pandemia. Pela primeira vez em dois anos, diretores escolares não têm a Covid-19 como prioridade nos planos de arranque das aulas, mas consideram que as escolas passaram por muitas aprendizagens e que nada será igual, mesmo no pós-Covid.
O ano letivo 2022/2023 arranca assim numa nova normalidade, desejada há muito por pais, professores e alunos. Em declarações à Agência Lusa, Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), diz que neste sentido, “o céu está azul”.
Depois de dois anos letivos marcados pelo uso obrigatório de máscara, distanciamento físico e horários desfasados, os diretores não terão que colocar em prática planos de contigência. Um regresso quase garantido ao que se passou em 2019/2020.
Ainda assim, Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), recorda que a pandemia da Covid-19 ainda não está completamente ultrapassada. O responsável sublinha que apesar de já não se aplicarem medidas restritivas, as escolas aprenderam algo com a pandemia, nomeadamente a nível do reforço da higienização dos espaços.
Manuel Pereira disse à Lusa que “os tempos novos têm de ser vividos à luz do que se aprendeu nos tempos passados, e vamos ter de continuar a viver com a pandemia”. É sabido que algumas escolas vão manter os planos de contingência. O Governo não nega a possibilidade de a chegada dos meses mais frios significar um agravamento da situação e consequente aplicação de novas medidas.
Os diretores escolares esperam que eventuais medidas não voltem a afetar as escolas e o ensino, mas asseguram que estão preparados para isso, caso seja necessário. O Plano 21|23 Escola+, focado na recuperação das aprendizagens afetadas durante a pandemia, continuará a ser implementado durante este ano letivo.
12 de setembro 2022