A placenta é o órgão que se desenvolve na gravidez, quando o zigoto (resultado da fecundação do óvulo pelo espermatozoide) se fixa firmemente na parede uterina (nidação). A placenta é o suporte de vida do bebé durante a gestação, indispensável para o crescimento, oxigenação e alimentação do feto. Durante a gravidez irá ouvir o médico falar do grau da placenta, saiba o que é.
A placenta é um órgão irrigado por múltiplos vasos sanguíneos que recebem o sangue rico em nutrientes e oxigénio do corpo da mãe e os passa para o bebé através do cordão umbilical. Ao longo da gestação, a placenta passa por várias fases de maturidade, à medida a gravidez avança e a data do parto se aproxima.
Ao longo do tempo, a placenta vai “envelhecendo“, fica mais dura e calcificada o que, por si só, não representa perigo para a vida do bebé. Contudo, a monotorização do grau da placenta é necessário para garantir que o bebé recebe todos os nutrientes e oxigénio necessários ao seu bem-estar e que a placenta continua a cumprir a sua função de forma adequada.
Grau da placenta, o que quer dizer?
Os diferentes graus de maturidade da placenta: 0, I, II e III
O grau de maturidade da placenta pode ser obtido pela intensidade, quantidade e extensão de calcificação da placenta. Assim, o grau da placenta é uma forma de avaliar o amadurecimento ou calcificação da placenta e, como consequência dessa avaliação, aferir sobre o bem-estar e o óptimo desenvolvimento fetal.
O grau de maturidade da placenta mede-se numa escala de 0 a 3 sendo que a maioria das gestações não atinge o grau III. A avaliação do grau de maturidade da placenta é realizada mediante ecografia. Alguns fatores como o tabaco, hipertensão arterial ou algumas infeções podem acelerar o envelhecimento da placenta.
O que determina o grau de maturidade da placenta?
O que determina o grau placentário é o nível da maturidade da placenta, ou seja, quanto maior o numero da escala de 0 a 3, mais “envelhecida” está.
- Grau 0: grau comum no primeiro trimestre da gravidez, altura em que a placenta tem uma aparência homogénea, sem sinais de calcificação e funciona em pleno;
- Grau I: no segundo trimestre da gravidez, a placenta começa a acusar algum desgaste, com algumas calcificações e uma textura ondulada. Nesta fase, consegue enviar os nutrientes e oxigénio ao feto de modo eficiente e pode manter-se assim até por volta das 28 – 30 semanas;
- Grau II: das 28 – 30 semanas, aproximadamente, a placenta estabiliza no grau II e assim se mantém até às 36 – 37 semanas ou mesmo até ao final da gravidez. Nesta fase, a calcificação é mais acentuada, especialmente, na parte onde se liga ao útero;
- Grau III: corresponde ao grau máximo de maturidade da placenta, com uma calcificação bastante acentuada e generalizada. Contudo, tal não significa que seja necessário antecipar o parto e que não consiga cumprir a sua função de forma correta até ao final da gravidez.
E se a placenta atinge o grau III?
Numa gravidez com menos de 34 semanas, uma avaliação placentária de grau III constitui um alerta para o obstetra sobre a possibilidade de o bebé se desenvolver a um ritmo inferior ao esperado para o tempo da gravidez já que, o “envelhecimento” da placenta a pode inibir de fornecer os nutrientes e o oxigénio suficientes para o normal desenvolvimento do bebé.
O descanso, o ajuste da alimentação materna e o aumento da frequência das ecografias para acompanhar de perto a evolução do crescimento e bem-estar fetal, são algumas das recomendações nestes casos, apesar da necessidade de avaliação e cuidados individuais de acordo com o historial clínico materno e da própria gravidez.